Samarco não terá que distribuir água nas casas em Governador Valadares
Tribunal de Justiça de Minas Gerais ordenou a interrupção. Pagamento de multa de R$ 5 milhões também foi suspenso.
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) suspendeu a decisão do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) que ordenava que a Mineradora Samarco, cujos donos são a Vale e a BHP Billiton, cumprisse o plano de emergência formulado pelo município de Governador Valadares (MG). A decisão foi tomada após a tragédia ocorrida em Mariana (MG), que atingiu o Rio Doce e gerou a interrupção no abastecimento de água de Governador Valadares.
Segundo nota divulgada no site do TJMG, na última sexta-feira (11), a Samarco não terá mais que fornecer água para as residências de Governador Valadares, nem pagar uma multa de R$ 5 milhões e destinar R$ 70 mil por dia para executar o plano de comunicação destinado aos moradores do município.
O desembargador Afrânio Vilela disse que como o abastecimento do município já está normalizado, não é necessário que seja mantida a decisão judicial que determinou o fornecimento de água. Apesar do efeito suspensivo,ele afirmou que a Samarco ainda está obrigada a atender, emergencialmente, mediante a indicação de qualquer instituição de assistência social ou de segurança em situações de falta de água, decorrentes do rompimento da barragem.
O G1 conversou nesta segunda-feira (14) com o diretor adjunto do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Governador Valadares, Vilmar Rios. Ele falou sobre a situação atual do abastecimento de água no município: “No momento o abastecimento está normalizado, mas é preciso que as pessoas economizem. A captação hoje está em 693 litros por segundo, o que é pouco mais da metade necessária para abastecer a cidade com tranquilidade, o ideal seria 1.200 litros por segundo. Então não falta água, mas é preciso usar de forma racional”, explicou o diretor.