Um tom de urgência e pedidos de uma rigorosa apuração e imputação de responsabilidades marcou a reunião da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, que aconteceu nesta segunda-feira (16) em Mariana, na Região Central do Estado.

No último dia 05, duas barragens da mineradora Samarco se romperam, liberando um mar de lama que soterrou casas, tirou vidas e provocou um desastre ambiental sem precedentes, já que o lamaçal atingiu também a Bacia do Rio Doce, afetando muitos municípios, que tiveram fornecimento de água interrompido e estão contando com a solidariedade alheia, e se dirige para o Espírito Santo, podendo atingir o Oceano Atlântico.

Moradores de localidades atingidas, como os distritos de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo, fizeram um apelo para que as informações e negociações sejam feitas com maior transparência.

Letícia Oliveira, que representa o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), destacou as inúmeras perdas dos moradores das cidades e localidades atingidas, destacando a perda de suas moradias, seus sonhos. Ela enfatizou ainda que as pessoas atingidas deverão decidir o que deve ser feito em termos de negociação e reparação, e não o governo ou as empresas envolvidas.