O delito ocorreu em meados de junho deste ano, um adolescente de 16 anos foi sequestrado e torturado por aproximadamente duas horas, após ser indiciado por um crime que não cometeu.

 O vereador e o irmão são os acusados, mas até o momento não houve julgamento do caso, e a comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), quer saber qual o motivo de uma cidade que segundo estimativa feito pelo IGBE (2015) com 25.365 de habitantes não tem um juiz. O pedido do julgamento dos referidos ocorreu na última quarta-feira, 28, pela ALMG que pede na impossibilidade de designar um Juiz para cidade, que o crime seja julgado em outra comarca.

A advogada da organização Brigada Populares, Isabela Corby, questiona sobre a impunidade penal no Brasil quando é relacionado com agentes públicos, “quando quer punir pobre de periferia, o Estado encarcera, mas quando é um agente público, como todo seu poder econômico, a gente só vê os fiscalizadores da lei se esquivando de sua legitimidade em relação como uma denúncia como essa” conta.

Os integrantes do Movimento Social Meninos do bem- Jequitinhonha (MG) João Pedro Lopes e Jussara Maria de Jesus Gomes, além de questionar a falta de juiz na cidade, apontou o descaso que a Câmera Municipal deu para o caso “levamos o assunto para a Câmera, mas eles não deram atenção, fizeram a lei do silencio, supostamente para beneficiar o colega... aqui na cidade manda quem pode, obedece quem tem direito”, contou Jussara.

O deputado Dr. Jean Freire, que veio recebendo pedidos de auxílios em relação à ocorrência, faz uma ressalva sobre o papel do Estado sobre o caso “está conotação é política, pois infringe leis da sociedade e direitos humanos”, conta o deputado.

O vereador e seu irmão ainda não se manifestou sobre as acusações, e o deputado indignou-se com essa situação, “quando não se propõe a fazer a defesa, será que não se está assumindo a culpa? ”, questionou Freire.

A população jequitinhonhense anseia por avanços e respostas sobre o ocorrido.