A 12ª edição do Parlamento Jovem de Minas  está na etapa final. Nesta sexta-feira (23/10/15), às 14 horas, no Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, estudantes de 38 municípios que participam do projeto de educação para a cidadania votam propostas para subsidiar políticas públicas relacionadas ao tema "Segurança Pública e Direitos Humanos".  O projeto é  desenvolvido pela ALMG em parceria com a PUC Minas e câmaras municipais.  A etapa final começou nesta quarta (21/10/15), com oficinas e atividades de entrosamento no Sesc Venda Nova, em Belo Horizonte, onde na manhã desta quinta-feira (22) os estudantes escolheram a mobilidade urbana como tema de 2016.

Em uma votação apertada, os 110 votantes se dividiram. O tema mobilidade urbana teve 50 votos, concorrendo com os temas governança democrática, que obteve 49 votos, e a inclusão social das pessoas com deficiência, com 11 votos. Os três assuntos foram escolhidos pela Consultoria da ALMG a partir de propostas enviadas anteriormente pelos polos envolvidos no projeto.

As estudantes de Guaxupé, Lara Cristina Melo Lopes, Mariana Carolina Rezende e Andressa Rodrigues dos Santos, de 15 e 16 anos, justificaram o voto na mobilidade urbana por acreditarem ser um tema amplo, abrangendo os outros demais propostos. Além disso, Lara Cristina ponderou que é um assunto que afeta diretamente a vida de todos e é preciso saber o que pode mudar. Mesma opinião tem Andressa Rodrigues: "é um tema que afeta mais nossas vidas".

"A expectativa é sempre de que a edição de um ano seja melhor que a do ano anterior", comenta a gerente-geral da Escola do Legislativo, Ruth Schmitz. Com essa filosofia, o projeto tem acrescentado inovações em seu funcionamento, as quais permitem maior participação e mais qualidade nas propostas. Neste ano, por exemplo, o programa de formação on-line, que antes era oferecido a coordenadores e monitores, foi estendido a todos os participantes.

O coordenador do projeto pela PUC Minas, Alexandre Eustáquio Teixeira, lembra que o Parlamento Jovem de Minas promove a formação política dos estudantes com uma metodologia participativa e em redes. "Participativa porque os jovens também são protagonistas do seu processo de formação e aprendem a fazer política por meio de atividades de estudo e debates. Em rede porque há um conjunto de instituições que trabalham em parceria no planejamento, execução, monitoramento e avaliação das ações desenvolvidas", explica.

Regionalização – A regionalização dos trabalhos, testada em 2014, foi estendida a todos os municípios participantes. Agregados em oito polos regionais, participam 12 municípios a mais do que no ano passado. Em 2015, com apoio das câmaras municipais, foram envolvidos no trabalho 158 escolas, 1.494 estudantes e 169 monitores. Para Ruth Schmitz, a presença de mais municípios aumenta a pluralidade das opiniões e enriquece o trabalho de formação política proposta pelo projeto. Para viabilizar a participação de todos, os trabalhos têm sido divididos em etapas municipais e regionais, de onde saem as propostas de cada polo. Agrupadas em um documento-base, elas serão apreciadas durante a plenária estadual e se referem a  três subtemas: "Prevenção Social do Crime", "Novas Perspectivas para a Atuação Policial" e "Proteção a Segmentos Vulneráveis à Violência".

Durante a plenária estadual desta sexta (23), as propostas do documento-base serão votadas por representantes regionais. As vencedoras irão compor um documento que será entregue à Comissão de Participação Popular da ALMG, que, por sua vez, dará um encaminhamento a essas sugestões. Assim, essas propostas podem se desdobrar em pedidos de providências a autoridades ou até mesmo em projetos de lei.