Toda gestante deseja ter um parto tranquilo e seguro. Na hora de escolher como, surgem dúvidas. Muitas vezes, a cesárea se torna uma opção por ter data e hora marcadas. Uma questão particular que pode se transformar em problema de saúde pública.

Em Minas Gerais, um trabalho de estímulo ao parto normal, desenvolvido pela rede pública de saúde, tem obtido resultados significativos. A quantidade de nascimentos por este procedimento já é bem maior que o de cesáreas. E as maternidades mineiras são referência nacional em assistência humanizada.

De janeiro a junho deste ano foram realizados na rede pública 92.324 partos. Deste total, 52.033 foram partos normais, o equivalente a 56,4%. Os outros 40.291 foram cesáreas (43,7%). Os dados são do Sistema de Informações Hospitalares-SIH/SUS,do Ministério da Saúde.

De acordo com a assessora do Complexo de Especialidades da Diretoria Assistencial da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), Maria Cecília de Souza Rajão, o número de cesáreas no estado ainda é muito alto.

Mas ela ressalta que houve diminuição das taxas de cesáreas de janeiro a julho deste ano nas maternidades da Rede Fhemig (Odete Valadares,Júlia Kubitscheke Hospital Regional João Penido).  Somente no Hospital Regional Antônio Dias foi registrado aumento neste procedimento, de 3%.

"A expectativa é de uma queda progressiva no número de cesáreas. Estamos trabalhamos com a reeducação dos profissionais de obstetrícia para orientarem as pacientes pela escolha do parto normal", comenta Maria Cecília.