O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, decretou a instituição de um grupo de trabalho para promover estudos referentes à distribuição da parcela da receita do produto da arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) pertencente aos municípios. O objetivo é realizar um levantamento de dados, com relatórios e conclusões para subsidiar a elaboração da proposta de revisão da Lei nº 18.030, de 2009, conhecida como Lei Robin Hood. Dessa maneira, será possível identificar distorções de recursos distribuídos aos municípios.

O decreto foi publicado na edição de sábado (8/8) do Diário Oficial do Estado. A decisão foi tomada pelo governador após reunião com prefeitos do Norte de Minas e o secretário de Estado de Desenvolvimento e Integração do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Sedinor), Paulo Guedes. Além da Sedinor, participarão do grupo as secretarias de Estado de Governo, Planejamento e Gestão, Fazenda, Desenvolvimento Regional, Política Urbana e Gestão Metropolitana, além de cinco prefeitos a serem indicados pela Associação Mineira de Municípios (AMM).

Os nomes dos integrantes do Grupo de Trabalho serão definidos nos próximos dias. O estudo para a elaboração da proposta deverá ser concluído em 30 dias, sendo que o prazo pode ser prorrogado por igual período.

A Lei Robin Hood tem como objetivo descentralizar a distribuição da cota-parte do ICMS, aumentar  a arrecadação e a eficiência do gasto público local e criar uma parceria entre Estado e municípios. No entanto, observou-se em Minas Gerais que municípios mais carentes, merecedores de transferências de recursos maiores, receberam valores baixos,  enquanto localidades mais ricas do Estado foram beneficiadas com expressivas transferências de recursos.

Na prática, o grupo vai propor a exclusão, inclusão e alteração de critérios que estabelecem quanto cada município vai receber, além de estudar o aumento da parcela de 25% total do imposto destinado ao município. Com isso, pretende-se melhorar os investimentos nos serviços essenciais à população como educação, saúde e segurança, além de gerar justiça tributária e social.