Um assunto que tem preocupado a população de Almenara, no Vale do Jequitinhonha, é a indefinição sobre o futuro político do município.

Tudo começou com a cassação, no dia 15 de julho, da então prefeita municipal, Fabiany Ferraz, pelo crime de improbidade administrativa, com contratação irregular de funcionários, em desacordo com um TAC – termo de ajustamento de conduta – assinado pela governante, que a impedia de contratar funcionários sem a realização de um concurso público, caracterizando como dano ao erário público.

Ela, então, teve seus direitos políticos cassados pela Câmara Municipal da cidade, assumindo o cargo o então vice, Manfredo Pereira de Souza. Entretanto, no último dia 05, Fabiany entrou com uma liminar para poder reassumir o cargo.

Ao contrário do esperado, a ex-prefeita não poderá retornar ao cargo, uma vez que, até o presente momento, não houve uma notificação oficial ao Dr. Manfredo, que recebeu a notícia extra-oficialmente, por meio dos advogados dela.

Tamanha indefinição traz transtornos à economia local, haja visto que muitos fornecedores e prestadores de serviço estão – e deverão continuar – com os pagamentos atrasados, uma vez que todas as contas administradas pelo Executivo municipal tiveram suas senhas e assinaturas digitais alteradas, devido à mudança de comando e, agora, com esta nova reviravolta, este processo de alteração, que é bastante lento, voltará a acontecer.

Dessa forma, pode-se imaginar o quanto o município está sendo prejudicado. Com isso, por exemplo, o serviço do transporte escolar paralisa. As obras de pavimentação que estavam em curso nos bairros Cidade Nova e Planalto também. Por outro lado, a mesa diretora da Câmara Municipal de Almenara está na capital mineira tentando derrubar a liminar por meio de um termo jurídico chamado agravo.