As últimas ligações feitas pelo celular podem levar a policia a identificar o autor do assassinato do jornalista André Luiz de Sá, de 39 anos.

Na tarde de  terça-feira (5), o delegado de Araçuaí, Cristiano Castelucci Arantes, informou que está descartada qualquer relação do crime com a atividade profissional do jornalista, que foi encontrado morto, na casa dele, no Bairro Canoeiros, em Araçuaí, na manhã de segunda-feira(4). O corpo foi sepultado na manhã de terça-feira, no Cemitério Parque Vale do Descanso, naquela cidade.

O delegado Cristiano Arantes informou que nada foi levado de André Luiz e que o celuluar dele foi deixado perto do corpo. A vítima era assessor de imprensa da Prefeitura de Araçuaí. As últimas ligações do celular dele foram apagadas. Mas, o delegado disse que solicitou a justiça a quebra do sigilo do aparelho.

Na terça-feira , o  delegado ouviu os depoimentos de três pessoas que, na noite de domingo, foram vistas em companhia do assessor da prefeitura, bebendo em um bar da cidade. As três disseram que viram o jornalista pela última vez no bar e que não chegaram ir até a casa dele, onde ocorreu o crime – o corpo foi encontrado caído no chão, em um quarto da casa, com ferimentos na cabeça, apresentando sinais de que a vitima foi morta a pauladas. Próximo do corpo, também foram recolhidos pedaços de madeira. 

O delegado informou que, uma outra testemunha revelou em depoimento à policia que, por volta da meia noite de domingo, viu André Luiz dentro do carro dele, que estava parado em frente a casa do jornalista, com os vidros abertos. “A testemunha disse que a impressão que teve foi que o André Luiz tinha marcado com alguém e estava esperando pela pessoa”, relatou o policial.

O carro da vítima, um Fiat Palio, também foi encontrado na manhã de segunda-feira, em frente a casa dele, sem sinais de arrombamento.

O delegado Cristiano Castelucci Arantes admitiu que uma das hipóteses averiguadas pela polícia é que a morte de André Luiz possa estar associada ao relacionamento do jornalista com uma outra pessoa. “Mas ainda estamos ouvindo as testemunhas e não podemos afirmar nada”, argumentou o policial.

A casa onde aconteceu o crime não tinha móveis ou eletrodomésticos. Havia apenas duas camas no quarto onde o corpo foi encontrado.