A dona de casa Zilda Ferreira da Cruz, 36 anos, foi morta a tiros pelo marido, na frente dos filhos de 14 e 9 anos, na noite desta quarta-feira (01/07) em Araçuai, no Vale do Jequitinhonha.

De acordo com informações da Polícia Militar, o crime ocorreu por volta das 22hs, na casa do casal, na rua Nossa Senhora Aparecida, no bairro Bela Vista. Os filhos do casal presenciaram o crime.

 O filho de 14 anos contou que o pai, Evandro Lopes da Cruz, de 42 anos,  que é mototaxista, chegou em casa e pediu que a mulher esquentasse  o jantar para ele,  mas ela se recusou dizendo que já estava deitada.  Indignado,  ele ameaçou matá-la.  A mulher respondeu que não se importaria, pois ela já estava morta de tanto sofrimento.

Diante da recusa, o homem armou-se de um revólver e disparou quatro tiros contra a mulher, sendo um na cabeça, outro na axila, um terceiro no braço e o último na região do quadril. Em seguida ele fugiu em uma picape Strada vermelha e ainda não foi preso.

Vizinhos escutaram o barulho dos tiros, acionaram a PM e o SAMU mas, a mulher foi encontrada morta.

O adolescente contou que os pais viviam um relacionamento conturbado e que a mãe dele estava separada do pai. Ela retornou para casa no dia do crime, após ficar em casa de parentes para fugir das agressões do marido.

O garoto  contou que a mãe  não saía para canto nenhum. Ela chegou a ir embora para Belo Horizonte,  mas ele (o marido) fez de tudo para ela voltar e ela voltou, informou o menino.

Zilda e o marido são naturais da cidade. A família dela mora na zona rural, onde os filhos estão. " Eles estão traumatizados e muito sentidos", contou Vilma Lopes Nunes, 50, irmã do suspeito.

Conforme a cunhada, Zilda não reclamava do companheiro. O casal estava junto há pelo menos 15 anos e ela trabalhava como faxineira, segundo Vilma. "Era uma mulher muito honesta. Eu sou irmã dele, mas estou do lado dela. Tem que ter Justiça. Se ele me procurar eu não vou dar cobertura", garantiu.

O corpo da mulher foi encaminhado para o Instituto Médico Legal de Teófilo Otoni.

O caso será acompanhado pela Polícia Civil.