Com objetivo de debater o alto do custo da energia elétrica para os irrigantes da área mineira da Sudene e do Norte de Minas Gerais, o presidente da Comissão de Minas e Energia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Gil Pereira, estará em Brasília (DF), nesta quinta-feira (25/6/15). Juntamente com produtores rurais da área mineira da Sudene, ligados à agricultura irrigada, o parlamentar vai visitar o Ministério das Minas e Energia, a Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco e Parnaíba (Codevasf) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Na Aneel, onde será recebido pelo diretor-geral do órgão, Romeu Rufino, o deputado vai defender, também, a criação, em Minas Gerais, da Agência Reguladora Estadual de Energia Elétrica, visando melhorar a interlocução entre a companhia de energia do Estado, a Cemig, e a agência reguladora nacional. Às 14 horas, o grupo irá à sede da Codevasf, onde se encontrará com o presidente do órgão, Felipe Mendes. Já a visita ao ministério está marcada para as 17 horas. Lá, eles serão recebidos pelo secretário executivo, Luiz Eduardo Ferreira.

Os requerimentos para realização das visitas ao Ministério e à Codevasf são de autoria do deputado Gil Pereira, que também assina, junto com o deputado Glaycon Franco (PTN) o requerimento para realização da visita à Aneel. As visitas à Aneel e à Codevasf foram aprovadas em reunião da comissão realizada nesta quarta-feira (24/6/15). A visita ao ministério já tinha sido aprovada anteriormente.

Queixas - O alto custo da energia elétrica na região dos projetos de irrigação da área mineira da Sudene tem gerado queixas frequentes dos produtores rurais da região. Na semana passada, em audiência pública da Comissão de Minas e Energia, na Assembleia Legislativa, o presidente da Associação dos Irrigantes do Norte de Minas (Adirnorte), Orlando Machado, chegou a afirmar que o aumento da tarifa ameaça a continuidade dos projetos de agricultura irrigada na região. A área mineira da Sudene responde por importantes projetos de agricultura irrigada,como o Jaíba, executado em parceria entre a Ruralminas e a Codevasf, além do Pirapora e Gorutuba.

“Essa política energética pode 'quebrar' a agricultura irrigada. Muitos produtores têm reduzido sua área de plantio para conseguir sobreviver e outros têm trabalhado à noite, quando o valor da tarifa é reduzida”, salientou o representante dos produtores. Ele disse, ainda, que a Cemig precisa trabalhar para o povo, e não para seus acionistas. “A energia já aumentou quase 80%. Se contar a bandeira vermelha, ultrapassa 100%”, afirmou. Segundo ele, se o custo da energia continuar alto, pode haver uma redução de 50% na produção da agricultura irrigada.