Em coletiva à imprensa na tarde desta quinta-feira (11) no Bairro São José, representantes da prefeitura de Timóteo (MG), apresentaram um balanço sobre a situação financeira do município e prestaram esclarecimentos sobre a greve dos servidores públicos que teve início na última segunda-feira (8).

De acordo com o secretário de planejamento, Whashigton Borges, a principal reivindicação dos servidores em greve, que é o pagamento integral da reposição de perdas em 8,34% em uma parcela, não poderá ser cumprida. “Hoje para fazer qualquer ajuste diferente do apresentado, teria que ocorrer mudança de cenário financeiro. No momento não temos como fazer a mudança desta proposta, que é fazer a reposição em novembro, dezembro e janeiro, ou seja, em três parcelas”, pontuou.

O procurador geral do município, Heider Torre, apresentou as medidas adotadas pela administração em busca de corte no orçamento do município. Segundo ele, está sendo feita uma reforma adminstrativa no executivo, com redução de salários e que mesmo assim, não será possível o pagamento imediato dos servidores. “Tomamos todas medidas possíveis, ou seja, com determinação, por meio da lei de responsabilidade fiscal, a redução dos cargos de confiança, reduzimos 1/3 das secretarias, reduzimos cargos comissionados de confiança do prefeito em 98 cargos.” apontou.

Heider Torre afirma ainda que os servidores  em greve tiveram os contratos de serviço suspensos, e que os dias que eles ficarem paralisados, a princípio não serão pagos.

Sindicato contesta
A decisão da comissão permanente em manter a proposta inicial, não agradou o presidente do sindicato dos servidores municipais de Timóteo, Israel dos Passos.“A proposta não foi o sindicato que indicou, ela foi discutida na mesa de negociação, tanto é que a proposta do sindicato era maior. Na mesma negociação acordamos com a adminstração de que o índice que eles estão porpondo é o índice oficial para recomposição dos salários dos trabalhadores, e da forma que eles propuzeram a categoria não aceitou, o que culminou na greve. O nosso movimento grevista vai continuar” afirmou.

Israel Passos salientou que os dias que os servidores públicos estiverem em greve, terão que ser pagos pela administração, do contrário o sindicato entrará com um processo judicial e ganhará a ação.

“Existe uma determinação judicial do STF que dia de grevista não pode ser cortado, isto já é constitucional, podemos ficar aqui 40, 50 dias de greve, se eles insistirem em não pagar os dias dos trabalhadores, vamos para a justiça e vamos ganhar esta ação. ” finalizou.

Ainda segundo Israel Passos, a greve conta atualmente com cerca de 50% dos servidores público de Timóteo, e que deve seguir por tempo indeterminado.