Dois PMs são presos suspeitos de envolvimento em homicídio em MG
Investigações da Polícia Civil duraram um ano e oito meses. Crime ocorreu em setembro de 2013 em Governador Valadares.
Um policial militar reformado, de 48 anos, e um cabo da PM, de 41, foram presos, nesta terça-feira (09), em Governador Valadares (MG), suspeitos de envolvimento em um homicídio de uma jovem de 18 anos, ocorrido em setembro de 2013. Segundo a PC, a vítima estava de moto com o namorado, no Bairro Jardim Ipê, quando foi abordada por dois homens. Um deles efetuou vários disparos, ela foi atingida pelos tiros e morreu no hospital. O namorado também foi baleado. Os dois homens que cometeram o crime foram presos em 2013.Após um ano e oito meses de investigações, a Polícia Civil concluiu que a arma utilizada era do policial reformado e que os dois militares teriam escoltado os rapazes após o assassinato. “Eles estavam próximos ao local do homicídio para fazer a escolta. Os militares passaram por uma blitz, mas por companheirismo o carro não foi revistado. A estratégia era esconder a arma”, disse o delegado Fábio Sfalcin.
De acordo com o Delegado, um dos policiais preso que também é advogado atuava na defesa dos dois homens envolvidos no crime e foi afastado do caso.
Em entrevista ao G1, o Tenente Coronel Ducler Costa, informou que os dois militares vão permanecer presos no Sexto Batalhão da Policia Militar de Valadares, para a conclusão das investigações e podem ser excluídos da corporação. Ainda segundo ele, no caso do militar reformado, ele só perde a patente e continua com o benefício.
Em nota, a Polícia Militar disse que o processo segue em segredo de justiça.
Segundo a Polícia Civil, os militares podem responder por homicídio triplamente qualificado.
Motivação do crime
Segundo as investigações da Polícia Civil, a vítima teria criado um perfil falso em uma rede social, onde conversava com o autor dos disparos. Durante as conversas, o homem teria contado para a jovem vários crimes que já tinha cometido. “Ao descobrir a identidade verdadeira da mulher, ele decidiu fazer queima de arquivo”, diz o delegado.