O delegado Aílton Lacerda, chefe do departamento da Polícia Civil, afirmou na tarde desta quarta-feira (10), durante coletiva de imprensa que já foram abertos inquéritos para apurar os crimes cometidos durante a rebelião provocada por detententos no presídio de Governador Valadares, no Vale do Rio Doce. A rebelião teve início na manhã de sábado (6) e durou 21 horas.

“Foram abertos inquéritos para que possamos apurar como começou a rebelião, como tudo aconteceu durante aquelas horas. Serão apurados os crimes de homicídios consumados e tentados, lesões corporais, danos ao patrimônio público e motim. Os inquéritos tem prazo de 30 dias, podendo este prazo ser estendido caso haja necessdidade de acordo com as investigações”, afirmou o delegado Aílton Lacerda.

Durante a rebelião, dois detentos foram mortos. Um deles foi identificado durante a manhã de segunda-feira (8). Ele tinha 29 anos e o corpo foi liberado para a família. O outro permanece no Posto de Perícias Integradas (PPI) de Valadares sem identificação. Outros três detentos permanecem internados no Hospital Municipal até a tarde desta quarta-feira (10) e o estado de saúde deles é estável, segundo assessoria de comunicação do hospital.

O presídio passou por vistoria de uma equipe da Secretaria de Estado de Defesa Social, mas ainda não há previsão de quando o prédio voltará a receber os presos. De acordo com o delegado Aílton Lacerda cerca de 40 detentos que estão no regime semiaberto estão trabalhando na limpeza do presídio.

“Aqueles que estão sendo presos desde a rebelião estão sendo levados para Unidades Prisionais de Comarcas próximas a Governador Valadares devido a essa situação emergiêncial. O presídio de Valadares não está mais recebendo presos e não há previsão de retorno. Pelo estrago avaliamos que este retorno não deverá ser breve e seguiremos enviando presos para Aimorés, Resplendor, Itanhomi e Tarumirim”, revelou o delegado.