Não é de hoje que jovens e adolescentes brincam de “invocar espíritos”. Nos mesmos moldes da brincadeira do copo, do compasso, e outras. O Desafio Charlie Charlie (Charlie Charlie Challenge, em inglês) viralizou nas redes sociais e virou manias nas escolas de todo o País. E em Valadares não foi diferente.

Segundo informações obtidas pelo DIÁRIO DO RIO DOCE, ao menos em duas instituições de ensino da cidade, após invocarem o espírito que atende por ‘Charlie’ na brincadeira, dois alunos teriam passado mal: um desmaiou e o outro teve convulsões. Em outra escola, no vídeo a que o jornal teve acesso, após o provável movimento do objeto, os estudantes assustados saíram correndo de perto do papel utilizado no jogo.

A “brincadeira inofensiva” funciona da seguinte forma: sobre uma folha de papel na qual estão escritas as palavras "sim" e "não", dois lápis são posicionados em forma de cruz. Com a pergunta: “Charlie, Charlie, você está aqui?”, os participantes “invocam o espírito”. Nesse momento o lápis se movimenta para indicar a resposta para o ‘sim" ou para o "não", manifestando a presença do provável espírito.

A ORIGEM

A nova mania foi um dos assuntos mais comentados (viralizados) nas redes sociais, e já ganhou até versões cômicas na internet. Especulações que circulam pela rede dão conta de que a origem da brincadeira estaria vinculada a uma lenda do folclore mexicano, e Charlie seria um espírito do mal. Outra explicação é que o “ritual” seria estratégia de marketing para a divulgação do filme “A Forca”, com estreia prevista para o dia 30 de julho. Contudo, o trailer divulgado no Reino Unido, no dia 21 de maio, mostra que Charlie é um dos personagens da história, o qual morreu dentro de um colégio. Independentemente desses rumores, jornais britânicos que investigaram a questão sugerem uma explicação plausível para o movimento do lápis: gravidade, o equilíbrio entre eles e correntes de ar.