A agente comunitária de Saúde da prefeitura municipal de Araçuaí,  no Vale do Jequitinhonha, Ana Flávia Dias, 22 anos,  foi presa pela Polícia Militar, neste domingo (17) em uma casa no bairro São Francisco, sob suspeita de ter encomendado a morte do marido,  Jacson Sousa Pereira, 29 anos, baleado nas costas, em uma suposta tentativa de assalto ocorrida no dia 3 de maio em uma estrada da zona rural do município. Ela não ofereceu resistência.

A prisão de Ana Flávia já era esperada porque a versão que ela apresentou para o crime não convenceu nem à  polícia nem à imprensa que levantou suspeitas sobre o caso.

O motivo do crime seria o envolvimento da agente de saúde com um outro homem.Há suspeitas que ela estaria grávida do amante e temia que o marido tomasse conhecimento do fato, já que seria estéril . Esta versão ainda não foi  confirmada pela polícia.

Após ser presa, Ana Flávia foi conduzida para o quartel da PM e em seguida levada para o hospital da cidade para exame de corpo de delito.

Por volta das 14h ela foi conduzida em uma viatura da PM  para a delegacia Regional da Polícia Civil de Pedra Azul a cerca de 150 km de Araçuai.

Jacson era funcionário de uma madeireira em Araçuai

Suspeita

A agente de saúde, que atua no PSF do bairro Pipoca,  já estava sendo investigada desde o momento em que sua versão sobre a morte do marido não estava convencendo as autoridades policiais.

Um homem  identificado como Wadson Nunes, suspeito de ser o amante de Ana Flávia e executor do crime,também foi preso na  sexta-feira (15) na comunidade do Córrego do Narciso, zona rural de Araçuai

Após a prisão de Ana Flávia, populares e familiares de Jacson Pereira, que era funcionário de uma madeireira na cidade, foram para a porta do quartel da PM para acompanhar a prisão da agente de saúde.

Versão do crime não convenceu.

No dia do crime, Ana Flávia contou à Polícia Militar que quando  retornava para Araçuai, pediu para que Jackon parasse a moto em um determinado ponto da estrada, para que ela pudesse urinar. O casal havia passado todo o dia na casa da mãe de Ana Flávia.

Ela informou  aos policiais que  após entrar  no matagal , ouviu uma outra moto, com barulho possante,  parar e alguém  ordenar “ entrega a moto” .

Assustada ela não quis sair do mato para ver o que estava acontecendo,  e  que após o anúncio do assalto ela ouviu um tiro e o marido gritar “ ai mainha, ai neném”. Neste momento, ela fugiu  em busca de socorro, rumo à BR- 367, próxima ao local.

Ana Flávia contou que por estar no mato, ficou amedrontada e fugiu para o lado oposto para pedir socorro. Disse que não viu a cor, modelo ou placa da moto nem características de quem a estava pilotando. Ela também não soube explicar porque não levaram a moto, uma Honda Fan CG-125.