Cerca de 52% do eleitorado brasileiro é composto por mulheres. No entanto, segundo a União Interparlamentar (UIP), o Brasil ocupa o 117° lugar em participação feminina na política, ficando atrás de países como Ruanda, Bolívia e África do Sul. A disparidade entre o número de eleitoras e o de candidatas suscita a discussão sobre o que impede maior presença das mulheres na política, assunto que estará no foco na reunião regional do Ciclo de Debates “Reforma Política, Igualdade de Gênero e Participação: O que querem as mulheres de Minas” que a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realiza na segunda-feira (25) em Araçuaí (Vale do Jequitinhonha). O evento será realizado no Teatro Luz da Lua (Rua Dom Serafim, 426), a partir das 8h30.

O encontro regional de Araçuaí integra uma série de cinco eventos no interior do Estado com o objetivo de refletir sobre os entraves da participação da mulher na política; de fomentar debates em busca de uma reforma política que amplie a representação e participação feminina; e de discutir os desafios da construção e efetivação de políticas públicas para as mulheres. A interiorização é um dos resultados do ciclo de debates realizado em março no Plenário da ALMG, em homenagem ao Dia Internacional das Mulheres, que abordou a participação feminina na política.

"Levaremos a discussão a cidades do interior para que possamos trabalhar a cidadania dessas mulheres, com a disseminação de informações relevantes, como as filiações partidárias e candidaturas políticas. Muitas mulheres já participam de eventos políticos, de atividades comunitárias e, no entanto, não têm a ousadia de se candidatarem", defende a presidente da Comissão Extraordinária das Mulheres da ALMG, deputada Rosângela Reis (Pros).