Dezesseis detentos do Presídio de Almenara, no Vale do Jequitinhonha, estão fazendo um curso de pedreiro de alvenaria, ofertado por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). O curso tem carga horária de 200 horas/aula e está sendo ministrado dentro da própria unidade prisional, por instrutores fornecidos pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais – campos Muzambinho.
O detento Vinicius Alves Santana, de 26 anos, está fazendo o curso e promete agarrar todas as oportunidades que aparecerem enquanto cumpre pena. “Já trabalhei de ajudante de pedreiro, mas nunca tive a oportunidade de aprender as regras. Está sendo importante fazer o curso para sair daqui e tomar a atitude de mudar de vida, é um passo a mais no mercado de trabalho”, falou.
Para o diretor geral do presídio, Vinicios Koch Torres, a qualificação profissional dos presos é um direito e uma condição primordial para o fortalecimento do processo de ressocialização.
Os presos que estão participando do curso foram selecionados pela Comissão Técnica de Classificação (CTC) da unidade prisional. “Aqui, quando a gente tem bom comportamento, tem boa oportunidade. A gente aprende que se não está apto a conviver com os colegas na cela, como estar apto a conviver em sociedade?”, explica o detento Vinicius Santana, mostrando que aprendeu a lição.
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O curso de pedreiro de alvenaria começou no dia 9 de setembro e tem duração de três meses. As aulas acontecem de segunda a sexta-feira, quatro horas por dia, e combinam modalidades práticas e teóricas.
Por enquanto, os detentos estão no primeiro módulo, teórico, e já estudaram conteúdos relacionados à segurança no trabalho. “Estamos aprendendo sobre equipamentos de proteção individual – EPI - e também sobre tudo que temos que estar sempre observando pra evitar acidentes”, exemplifica Vinicius.
Trabalhando a cidadania
Essa não é a única iniciativa de profissionalização desenvolvida pelo Presídio de Almenara. No último mês houve na unidade, por exemplo, um curso de olericultura em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). Assim que finalizar o de pedreiro de alvenaria começará o de corte e costura e, em seguida, o de culinária básica.
No presídio há, ainda, 21 detentos trabalhando dentro da unidade e cinco exercendo atividades externas, de manutenção e reparo de prédios públicos. Pelo trabalho eles recebem três quartos do salário mínimo e remissão de pena – a cada três dias trabalhados um a menos na sentença. As iniciativas fazem parte do programa Trabalhando a Cidadania, desenvolvido pela Superintendência de Atendimento ao Preso (Sape) da Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi). 

Na segunda etapa serão oferecidos mais dois cursos, de carpintaria e de pintura residencial, os profissionais responsável pela ministração dos cursos já foram aprovados em todos os requisitos e aguardam o fim da primeira etapa.

Esta é uma oportunidade para a reintegração social do detentos.

Fonte: Agência Minas/acréscimo nosso.

 

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