Reunião no Ministério Público discutiu a situação das casas do Residencial Monte das Oliveiras
Encontro reuniu representantes da justiça, vereadores, Assistência Social e moradores das casas invadidas
Na tarde desta segunda-feira (27), foi feita uma reunião no auditório do prédio do Ministério Público, com o objetivo de encontrar uma solução para a questão das casas invadidas no Residencial Monte das Oliveiras, imóveis que fazem parte do Programa Minha Casa, Minha Vida da Caixa Econômica Federal.
Estiveram presentes à reunião o promotor de justiça Dr. Moisés Batista Abdala, a Procuradora da República Paula Christiane Bellotti, a Dra. Adriana Otoni, a Secretária de Assistência Social Nilda Marília, além de oito vereadores: Geraldo Antonio da Fonseca (Dino Fonseca), Leandro Rocha (Leo Rocha), Enivanda Miranda (Vanda Miranda), Sabá, Demão, Márcia Rodrigues, Carlos Milton (Poquinha da Luz) e Cláudio da Farmácia.
A vereadora Vanda foi a primeira a se pronunciar, destacando o seu trabalho à frente da comissão que investiga as supostas irregularidades na distribuição das casas do Programa Minha Casa, Minha Vida. Segundo ela, a comissão protocolou notícias das irregularidades e as enviou ao Ministério Público, Polícia Federal e Justiça Federal.
Nos discursos seguintes, houve acusações dos vereadores contra servidores e pessoas que, segundo eles, omitiram renda e até alteraram o estado civil para poderem ser contemplados no programa. Em seguida, o vereador Leo Rocha pediu a obtenção de uma medida liminar judicial para retirar moradores que, embora beneficiados no Programa, não deveriam ter sido contemplados. O presidente da Câmara de Vereadores, Dino Fonseca, disse, também, que os funcionários da assistência social cometeram crime de prevaricação, pois, segundo ele, estes tinham como identificar as irregularidades dos beneficiados.
Em sua defesa, a Secretaria de Assistência Social, Nilda Marília, informou que seguiu os critérios estabelecidos pelo Ministério das Cidades para a elaboração dos cadastros do Programa Minha Casa, Minha Vida.
A Procuradora da República, Dra. Paula Christiane Bellotti, enfatizou que, caso sejam comprovadas as denúncias, os servidores responderão pelo crime de improbidade administrativa. Ela solicitou, ainda, a suspensão de novos cadastros até que a situação seja resolvida.