Desde segunda-feira (16) cerca de 200 manifestantes estão bloqueando um trecho da BR-367 em Virgem da Lapa, no Vale do Jequitinhonha.

Eles reivindicam asfaltamento de cerca de 110 km de terra e imediato recapeamento do trecho entre Virgem da Lapa e  Araçuai que está em péssimo estado de conservação, provocado principalmente pela tráfego diário de dezenas de carretas que transportam madeira de eucalipto do Alto Vale do Jequitinhonha, para a Suzano Papel e Celulose.

Segundo eles, a situação precária da estrada, que está com enormes buracos na pista, coloca em risco a vida dos motoristas, que fugindo das " crateras " abertas na pista, são  obrigados a trafegar na contramão.

Os manifestantes querem  ainda um acordo com a Suzano para estabelecer um horário para o tráfego das carretas na área urbana da cidade de Virgem da Lapa.

O protesto é pacífico e já atinge mais de 1 km do trecho. Apenas ambulâncias e casos de emergência estão passando pelo bloqueio.

 

 INDIGNAÇÃO

 

Manifestantes decidiram manter bloqueio depois que o DER enviou um caminhão de terra e carrinhos de mão para tapar buracos.

Manifestantes decidiram manter bloqueio depois que o DER enviou um caminhão de terra e carrinhos de mão para tapar buracos.

Na tarde de  terça-feira (17), representantes dos manifestantes, se reuniram no gabinete do prefeito, juntamente com diretores da Suzano, em busca de um acordo para desbloquear a estrada. Cerca de 25 pessoas participaram da reunião.

A empresa prometeu acionar o DER e uma empresa terceirizada pelo órgão, para iniciar os trabalhos de manutenção do trecho danificado.

A Suzano garantiu que nesta quinta-feira (19) será aberta uma frente de serviço para iniciar a recuperação do trecho por uma empresa especializada.

Entretanto, a Gaia Engenharia, empresa contratada pelo DER para realizar a manutenção do trecho, informou que desde setembro não recebe os repasses do governo para realizar o serviço.

Nesta terça-feira, o DER enviou operários para realizar uma operação tapa-buracos, utilizando terra e carrinhos de mão, o que revoltou ainda mais os manifestantes.

“ Foi uma falta de respeito com a gente. Só vamos liberar o trecho e finalizar o protesto quando o maquinário apropriado chegar", afirmou um representante dos manifestantes.