A presidente Dilma Rousseff recuperou parte das intenções de votos perdidas nos últimos meses, mas ainda não teria margem para evitar uma disputa de 2º turno em 2014, ao contrário de seu correligionário Lula, que também voltou a ganhar preferência de voto entre os brasileiros.

Na segunda rodada de pesquisas após a onda de manifestações de junho, o Datafolha incluiu o nome de José Serra (PSDB) entre os presidenciáveis e realizou simulações de segundo turno entre eles. Além de Dilma, Serra e Lula, foram traçados cenários com Aécio Neves (PSDB), que viu a preferência por seu nome declinar; Marina Silva (sem partido), que se consolida como segunda preferência do eleitorado; Joaquim Barbosa (sem partido), que recua entre o eleitorado; e Eduardo Campos (PSB), que se mantém no mesmo patamar.

Na simulação com Dilma como nome do PT e sem Joaquim Barbosa e Serra, a petista obtém 35%, alta de cinco pontos na comparação com pesquisa realizada na última semana de junho. Nesse mesmo cenário, ela tinha 51% na primeira semana de junho e 58% em março. Em seguida aparecem Marina Silva, com 26% (tinha 23% na pesquisa realizada na última semana de junho, e 16% no início do mesmo mês); Aécio Neves, com 13% (tinha 17% no final de junho); e Eduardo Campos, com 8% (ante 7% na última pesquisa).

No cenário com Dilma e Barbosa, mas sem Serra, a petista tem 33% das intenções de voto, ante 29% no final de junho e 49% na primeira semana do mesmo mês. A ex-senadora Marina Silva aparece com 22% (tinha 18% no final de junho e 14% no início do mesmo mês), seguida por Joaquim Barbosa (11%, ante 15% na última pesquisa), Aécio Neves (12%, ante 15% na última pesquisa) e Eduardo Campos (6%, ante 5% na última pesquisa).

Quando Serra é incluído como candidato e o nome de Aécio é retirado, Dilma Rousseff fica com 32% das intenções de voto. É seguida por Marina Silva (21%), Serra (15%), Barbosa (11%) e Campos (5%).

Em outro cenário, que inclui Serra, Dilma, Aécio, Marina e Campos, a presidente tem a preferência de 32%. Em seguida parece novamente Marina (23%), e depois Serra (14%), Aécio (10%) e Campos (6%).

Nos cenários em que Dilma dá lugar a Lula como candidato do PT, o partido se torna favorito. Na simulação em que o ex-presidente enfrenta Barbosa, Marina, Aécio e Campos, Lula obtém 50% das intenções de voto, alta de cinco pontos em relação à pesquisa anterior, do final de junho. Em seguida aparecem Marina Silva, com 17% (tinha 14%)); Joaquim Barbosa, com 10% (tinha 13%); Aécio Neves, com 9% (tinha 12%) e Eduardo Campos, com 3% (tinha 4%).

Sem Barbosa na lista, Lula fica com 51% das intenções de voto (na pesquisa anterior, neste mesmo cenário, ele tinha 46%), e é seguido por Marina (20%, ante 19% na última pesquisa), Aécio Neves (11%, ante 14% na última pesquisa) e Eduardo Campos (5%, ante 4% na última pesquisa).

No único cenário em que Lula e Serra são confrontados, o petista fica com 46% das intenções de voto. Depois vêm Marina (16%), Serra (9%), Aécio (8%), Barbosa (8%).