Minas Gerais foi apontado pelo quarto ano consecutivo como o estado brasileiro onde há mais supressão de mata atlântica. Para tentar diminuir o índice de desmatamento, o Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) finaliza nesta sexta-feira (06.06) uma força-tarefa por sete cidades onde foram constatados a maior área desmatada no Estado.

Nesses municípios, o que predomina é a ação de carvoeiros. O resultado da ação será divulgado no início da próxima semana.
 
A força-tarefa acontece em continuação de uma operação que começou em julho deste ano.
 
Até agosto, aproximadamente 10 mil hectares foram verificados, sendo lavrados 25 Autos de Infração. Além disso, desde junho os Documentos Autorizativos de Intervenção Ambiental (Daias) e as Autorizações de Intervenção Ambiental (Aias), para a silvicultura no Bioma Mata Atlântica, estão suspensas temporariamente. “Já fizemos a ação de fiscalização, agora contamos com o deslocamentos das equipes em campo para fiscalizar os municípios que apontaram maiores índices de desmatamentos”, explica Marcelo da Fonseca, Superintendente de Fiscalização Ambiental Integrada da Secretaria de Estado de Meio-Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). 
 
Desde segunda-feira, seis equipes estão percorrendo os municípios de Almenara, Águas Vermelhas, Itinga, Jequitinhonha, Ladainha, Novo Cruzeiro e Padre Paraíso.“Essas cidades estão entre as dez que mais provocam o desmatamento no Estado. As outras três que não estão presente, já conseguimos fiscalizar anteriormente”, afirma o superintendente. 
 
As equipes vão fazer o levantamento de 89 focos de desmate. Caso seja comprovadas as irregularidades, os responsáveis serão autuados administrativamente e criminalmente.
  
As áreas que foram percorridas são identificadas anteriormente pela Semad. “Com base no monitoramento contínuo, conseguimos identificar os polígono comuns de desmatamento. Com os dados, fazemos o acompanhamento e elaboramos croquis com os dados. As equipes percorrem os trecos com ajuda de GPS”, diz Marcelo da Fonseca. 
 
De acordo com o superintendente, os principais alvos são carvoeiros que agem nos municípios. Os dados das autuações serão divulgados na próxima semana.