Narcotraficante brasileiro que levava vida de luxo é preso após mulher compartilhar localização em rede social
Ronald Roland é suspeito de abastecer cartéis de drogas no México e de comandar um mega esquema de lavagem de dinheiro com empresas de fachada. Em cinco anos, segundo a polícia, ele movimentou uma fortuna de R$ 5 bilhões.
Segundo o delegado, o foco da operação que prendeu Ronald foi o combate à lavagem de dinheiro do patrimônio amealhado com a vida criminosa que ele teve.
Uma grande engrenagem para lavar dinheiro. Mais de 100 empresas de diversas áreas: construção civil, aviação, locação de veículos, comércios em geral e investimento em criptomoedas. E mais de 200 pessoas envolvidas, a maioria laranjas. Um mega esquema que movimentou em cinco anos mais de R$ 5 bilhões.
Andrezza de Lima Joel, a segunda mulher de Ronald Roland, é dona de uma loja de biquínis que fica no Guarujá, litoral de São Paulo. Segundo a PF, a empresa também foi usada no esquema de lavagem de dinheiro. Em um único dia, recebeu R$ 200 mil em depósitos fracionados, feitos em um caixa eletrônico em Foz do Iguaçu. Andrezza também foi alvo dos policiais esta semana.
É isso mesmo: essa loja de biquínis comprou um avião de R$ 3 milhões.
Andrezza gostava de postar as viagens em jatos particulares nas redes sociais. Aliás, pela segunda vez Ronald Roland foi exposto pela indiscrição de uma companheira. Era ela quem exibia os passos do marido criminoso: Paris, Dubai, Maldivas, Colômbia.
Ronald Roland, 50 anos, tem uma extensa ficha criminal. Até os anos 2000, Ronald era investigado pela Polícia Civil de São Paulo por crimes contra a ordem econômica:
A partir de 2012, já como piloto de avião, passou a ser monitorado pela Polícia Federal por envolvimento com o tráfico internacional de drogas.
Em nota, a defesa de Ronald Roland e da esposa Andrezza disse que não vai se manifestar, por enquanto, porque não teve acesso a todo o processo.