O município de Montes Claros, em Minas Gerais, registrou na manhã deste domingo (6) mais um tremor de terra, de magnitude 3.2 graus na escala Richter (fraca intensidade), o terceiro só neste ano e o segundo em apenas seis dias, segundo o Observatório Sismológico da UnB (Universidade de Brasília). No último dia 1º, o município sofreu um abalo sísmico de magnitude 3.7.

O tremor de hoje foi sentido por volta das 11h e, de acordo com as primeiras informações, não há relatos de vítimas. 

O sistema de telefonia da cidade parou de funcionar, houve queda de energia elétrica e os sinais de trânsito estão inoperantes.

Montes Claros (a cerca de 420 km de Belo Horizonte), com cerca de 400 mil habitantes tem registros constantes de atividade sísmica, devido a uma falha geológica de três quilômetros de extensão, situada a cerca de dois quilômetros de profundidade.

Nos últimos três anos, as ocorrências de tremores aumentaram. O mais forte deles, em maio de 2012, teve magnitude de 4.2 na escala Richter, motivando a instalação de estações sismográficas da UnB e da USP (Universidade de São Paulo) na região, que monitoram esse tipo de evento.

Um novo tremor de terra, o quarto neste domingo (6), foi sentido pela população de Montes Claros (MG) por volta de 17h. De acordo com o Corpo de Bombeiro não há registro de vítimas, mas por causa da "demanda de ocorrências e gravidade da situação", foi acionado o Plano Integrado de Enfrentamento a Tremores de Terra e acionado o Sistema de Comando em Operações. Não foram divulgados detalhes, mas o plano prevê a existência de cinco cenários, que variam de acordo com a gravidade dos danos materiais e a presença de vítimas.

Na manhã deste domingo (6), o município de 400 mil habitantes, teve três tremores de terra. De acordo como o Observatório Sismológico da UnB (Universidade de Brasília), o primeiro tremor ocorreu às 10h39, atingindo 4.2 graus na escala Richter (repetindo recorde de 2012); o segundo ocorreu às 10h41, atingindo3.2 graus, e o terceiro, às 11h40, atingiu 2.5 na escala.

De acordo com o comando de operações, que incluem bombeiros, policia militar, guarda civil, defesa civil, prefeitura e Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais), em decorrência do primeiro tremor (de 4,2 na escala Richter), houve interrupção no fornecimento de energia elétrica, que se  desligou automaticamente, por cerca de duas horas. A telefonia fixa e móvel foi interrompida no município, inclusive o número 193 dos Bombeiros deixou de funcionar por cerca de uma hora. Após o restabelecimento do fornecimento desses serviços, o Corpo de

Bombeiro recebeu mais de 200 ligações de moradores.

Ainda de acordo com o comando de operações, parte do reboco do teto de uma residência caiu sobre a cabeça de uma adolescente de 14 anos, provocando pequenas escoriações. A vítima foi atendida no local e parte da casa foi isolada por ameaçar desabar. Foram ainda registradas diversas ocorrência de trincas e rachaduras em prédios e casas por todo o município.

Cinco residências foram vistoriadas pelos Bombeiros, que acionaram membros da defesa civil avaliarem os riscos de desabamento. Foram registradas três ocorrências de pessoas presas em elevadores. Essas pessoas tiveram de ser resgatadas.