Operação prende 11 integrantes de organização criminosa suspeita de tráfico, homicídio e outros crimes em MG
Operação "Cauca" está sendo realizada em Bocaina de Minas e Liberdade. Segundo o MP, facções criminosas do RJ e SP disputavam a hegemonia na região para controlar pontos de venda de drogas.
O Ministério Público deflagrou na manhã desta quinta-feira (23) uma operação contra uma organização criminosa suspeita de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, homicídio e outros crimes em Bocaina de Minas e cidades da região. A operação conta com apoio da Polícia Militar e Polícia Civil. Onze pessoas foram presas.
Segundo o Ministério Público, foram expedidos 12 mandados de prisão, sendo que 11 pessoas foram presas. Também foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão na casa dos envolvidos. Além disso, foram apreendidos 12 veículos em Bocaina de Minas e Liberdade (MG).
Durante a operação foram apreendidos celulares e drogas. Na zona rural foi encontrada uma plantação de maconha. Parte da droga foi apreendida e encaminhada para a perícia e o restante foi destruído por causa da impossibilidade de transporte. Também foram apreendidos 3 kg de pasta base de cocaína.
"A gente pode ver o ambiente é um local de dificílimo acesso, né? Então por isso que essas organizações estão buscando, principalmente para o plantio da cannabis sativa, usar esses locais de difícil acesso. Então aqui é um local de montanha, divisa de Bocaina de Minas com Passa Vinte, é íngreme, alto de serra, e a gente vê predominantemente a vegetação de samambaia", explicou o major da Polícia Militar, Breno Carlos Thamer Miranda.
A investigação
De acordo com o MP, a operação, realizada por meio da Promotoria de Justiça de Aiuruoca (MG), foi nomeada “Cauca”. A investigação apurou que o grupo plantava, beneficiava e vendia maconha in natura, além de comercializar cocaína.
Segundo o MP, facções criminosas do Rio de Janeiro e São Paulo estavam disputando a hegemonia na região para controlar pontos de venda de drogas. Há indícios de ocorrência de homicídio praticado para obter o controle do território.
"A investigação demonstrou com muita clareza que são pessoas estruturadas, organizadas, com residências estabelecidas em locais estratégicos e dificilmente conseguiria chegar uma pessoa até a residência desse grupo sem ser avistado. Então eles controlavam muito bem esse acesso. O trabalho de investigação que foi feito propiciou que nós conseguíssemos trabalhar a prova e hoje nós estamos aqui com 11 presos, muita droga apreendida, muitas armas e munições", explicou o promotor de Justiça, Leandro Panain.
A operação contou com a participação de 60 policiais militares, equipe do canil e integrantes do Corpo de Bombeiros, além de um Promotor de Justiça.