Os alunos das escolas estaduais vinculadas à Superintendência Regional de Ensino (SRE) de Araçuaí tiveram a terceira maior proficiência média do Estado no Programa de Avaliação da Alfabetização (Proalfa). A proficiência foi de 650,1, acima da média estadual, que foi de 619,4. O Proalfa atesta o nível de leitura e escrita dos estudantes do 3º ano do ensino fundamental. O exame foi realizado no final de 2013 e, pela SRE de Araçuaí, participaram 2.117 alunos de 79 escolas. Alcançou o desempenho recomendado em 95,2% dos estudantes. Em todo o Estado, mais de 80 mil alunos fizeram a prova e 92,3% teve padrão de desempenho considerado recomendado.

A diretora educacional da Regional de Araçuaí, Áurea Borges Costa, destaca que o resultado obtido pelas escolas estaduais vinculadas à SRE é fruto de três ações. “A primeira foi o trabalho em equipe, em prol dos alunos. A segunda, seguir as orientações dadas pela Secretaria de Estado de Educação, e a terceira é o amor pelo trabalho. Nunca medimos esforços por nossos alunos. Sem a parceria entre Secretaria, Superintendência e escola nunca chegaríamos a esse resultado”.

Segundo ela, além das capacitações, ofertadas pela Secretaria de Estado de Educação (SEE), as escolas também recebem visitas de analistas do Programa de Intervenção Pedagógica (PIP). Por meio do programa, equipes de analistas realizam um trabalho permanente de visitas e acompanhamento nas escolas para orientar o plano pedagógico, quando necessário, propor estratégias de intervenções, apoiar pedagogicamente os professores e alunos e, assim, garantir a qualidade do ensino. 

Destaque

Na SRE de Araçuaí, um dos destaques é a Escola Estadual Deputado Chaves Ribeiro, de Taiobeiras. A proficiência média alcançada pelos seus alunos foi de 749,6, o que representou um salto, no comparativo com o resultado de 2012, que foi 654,2. Realizaram o exame 95 alunos e 100% atingiu o padrão de desempenho recomendado. Isso significa que todos eles sabem ler, escrever e interpretar textos com desenvoltura.

A diretora da escola, Claudia Maisa Maria, explica que a melhora do índice no Proalfa se deve ao Programa de Intervenção Pedagógica (PIP) e à conscientização feita com os pais para incentivar os alunos à leitura. “O primordial para nossa escola é a aprendizagem do aluno, por isso fizemos uma parceria com a família. Os pais nos ajudam bastante, estimulando os filhos e levando para as aulas de reforço. A soma do trabalho em equipe dos professores também é um fator muito importante e ajuda bastante. Além disso, a escola está sempre buscando aperfeiçoamento e o PIP é fundamental nesse processo”.

Ela destaca que as intervenções praticadas na escola ajudam a detectar onde estão as dificuldades dos alunos. “Aqui na nossa escola os professores fazem uma avaliação do perfil de cada aluno e, juntos, elaboramos uma forma especial para ajudar este estudante, seja por meio de provas, atividades extras, brincadeiras, não importa. O importante é que ele aprenda”, ressalta.

Douglas Souza Mendes, de nove anos, é um dos alunos da E.E. Deputado Chaves Ribeiro que são acompanhados por meio do PIP. Com o apoio de sua mãe, Marlene Souza, ele vai depois da aula para o reforço com a professora. “O PIP aqui na escola é muito bom. Porque a gente aprende com exercícios e brincadeiras, e isso é muito legal. A brincadeira que eu mais gosto é o trava línguas, nele eu me divirto e aprendo muito”, conta.

Recorde

O Programa de Avaliação da Alfabetização (Proalfa) é aplicado pela SEE, em parceria com o Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação (Caed), da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), e o Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita (Ceale), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O resultado de 2013 é recorde: na rede estadual, pela primeira vez na história (a avaliação começou a ser aplicada em 2006), o nível de letramento recomendado foi alcançado por mais de 90% dos estudantes que fizeram o teste.

De acordo com a secretária de Estado de Educação, Ana Lúcia Gazzola, os resultados expressivos no Proalfa se devem a uma ação educacional integrada do Governo de Minas, estruturada a partir de três pilares. “O primeiro deles é a avaliação externa. A UFJF elabora as provas, aplica e, de forma autônoma, tabula os resultados e nos traz. O segundo pilar é a intervenção pedagógica. A gente não avalia por avaliar. Nós avaliamos para ter informações que possam orientar as ações pedagógicas. E o terceiro pilar é a capacitação”, ressalta. Ao todo, no Estado foram 7.948 escolas avaliadas, sendo 24,91% (1.980) estaduais e 75,09% (5.968) municipais.