Polícia Civil alerta sobre golpe da portabilidade salarial
Este novo tipo de estelionato acontece quando criminosos, em posse de informações pessoais de servidores públicos, criam documentos falsos com esses dados e, com isso, abrem contas em bancos físicos e/ou digitais, deixando a vítima sem receber seu salário
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) alerta sobre a modalidade de golpe da portabilidade salarial. Criminosos, em posse de informações pessoais de servidores públicos, criam documentos falsos com esses dados e, com isso, abrem contas em bancos físicos e/ou digitais. A partir daí, os golpistas solicitam a portabilidade da conta salário à instituição bancária onde o servidor recebe. Dessa forma, o salário é creditado na conta fraudulenta, e os servidores deixam de receber os proventos mensais na sua real conta.
Segundo o delegado Renato Nunes Guimarães, chefe da Divisão Especializada de Investigação aos Crimes Cibernéticos e Defesa do Consumidor - que integra o Departamento Estadual de Combate à Corrupção e a Fraudes-, levantamentos apontam a prática dessa categoria de estelionato em alguns estados. “De março até os dias atuais, em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Pará e mais recentemente no Rio de Janeiro, foram verificados vários casos. Em Minas, temos o registro de alguns casos, que estão sob investigação”, informa.
Cuidados
Ainda segundo o chefe da Divisão Especializada, é importante que os servidores públicos consultem regularmente o sistema Registrato, do Banco Central (Bacen), para verificar a quais instituições bancárias seu CPF está vinculado, bem como realizarem pesquisas de financiamentos, empréstimos e chave Pix em seu nome, nesse sistema. Assim é possível saber se as informações e os dados pessoais estão ligados aos bancos com os quais o servidor realmente se relaciona.
Também é recomendado que o servidor público entre em contato com a gerência da sua instituição bancária (onde recebe os proventos) e solicite o bloqueio de portabilidade de conta feita sem sua autorização expressa. “Servidores públicos que tiveram seus dados usados de forma fraudulenta e a conta portada indevidamente devem entrar em contato com o banco pagador e registrar uma ocorrência policial”, orienta o delegado.
Renato Nunes pontua, por fim, que tanto o banco que autorizou a portabilidade quanto o banco que permitiu a abertura da conta com dados de servidores vítimas podem ser responsabilizados na esfera cível.
Pesquisa no Registrato
A consulta ao sistema Registrato pode ser feita pelo site, conforme vídeo explicativo disponível no Canal do Banco Central no YouTube. O acesso ao Registrado também é possível via aplicativos bancários.