O Presídio de Nova Era e a Prefeitura Municipal firmaram um termo de parceria que não apenas deixará a cidade mais limpa, mas também irá proporcionar a ressocialização, profissionalização e qualificação de presos do Sistema Prisional. Com o acordo, 20 detentos custodiados na unidade prisional do município vão cuidar desta tarefa no município da região Central. 

Pelo trabalho realizado, os presos diminuem a sua pena, pois, a cada três dias trabalhados um é remido da condenação; e a prefeitura economiza com mão de obra, podendo investir em outras ações. A parceria foi proposta pela direção-geral do presídio ao atual prefeito, que se interessou imediatamente pela ideia. Além de focar na ressocialização, um dos objetivos da parceria é contribuir com melhorias na cidade.

“Esse tipo de parceria contribui muito para o nosso trabalho, que é custodiar e ressocializar. A parceria oferece oportunidade de remição de pena, aperfeiçoamento profissional e valorização como ser humano, além de preparar o indivíduo para o retorno à sociedade. Nós também ganhamos, com isso, um ambiente mais tranquilo”, afirma a diretora-geral do Presídio de Nova Era, Doroteia Guedes.

Atividade

Os presos vão trabalhar de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h. Eles farão serviços como limpeza e manutenção de vias urbanas de Nova Era, assim como outras obras da prefeitura. Os 20 presos foram selecionados pela Comissão de Classificação Técnica (CTC) do presídio, que avalia tempo de condenação, comportamento, aptidão, interesse, condições de saúde, entre outros quesitos.

Cinco presos do regime semiaberto, que já possuem autorização para o trabalho externo, começaram as atividades. A previsão é que nos próximos dias os outros 15 detentos selecionados iniciem os trabalhos, com a autorização do juiz da comarca. O termo de parceria foi assinado em maio, mas os serviços só começaram a partir da vacinação completa dos presos da unidade prisional, em outubro passado.

Todos os cinco presos que já iniciaram o trabalho estão satisfeitos pela oportunidade. Para um deles, Gabriel Felipe Dias da Silva, a atividade é um passo para o retorno à sociedade. “Me sinto útil, ajudando a cidade de alguma forma e também me ajudando a mudar de vida e de perspectiva”. Já o detento Wanderson Ferreira dos Santos não imaginava essa possibilidade e vê o trabalho como uma grande oportunidade. “Eu me sinto bem fazendo o serviço, ajudando na revitalização da cidade, e feliz por completar minha pena mais cedo”.