Homem é agredido e morre após reclamar de preço de carne; veja o vídeo
Um dos agressores era amigo da vítima; homem teve traumatismo craniano
Uma outra câmera mostra Wagner parado na saída e um outro homem de vermelho, aparentemente, tentando separar uma discussão entre a vítima e outra pessoa que não aparece na filmagem.
Segundos depois, Wagner sai do açougue acompanhado por um homem de blusa listrada que, segundo a polícia, seria amigo da vítima. O gerente que estava observando da porta do comércio caminha em direção a eles e nesse momento começa uma briga.
Durante as agressões, o amigo desfere dois socos contra Wagner, que cai e bate forte com a cabeça no chão. O gerente tenta ainda pisar no rosto da vítima, mas é contido por populares.
Segundo a Polícia Civil, antes das agressões, no balcão de atendimento não ficou registrado que o cliente se exaltou e de que houve alguma discussão. Os agressores afirmaram que fizeram isso para se defender, porém, as imagens não mostram que a vítima tentou agredir alguém.
Wagner foi socorrido ao Hospital Cristo Redentor, porém, não resistiu aos ferimentos e morreu. O atestado de óbito apontou traumatismo craniano. Ele era um ex-empresário, que havia virado ambulante na pandemia, vendendo salgados para sustentar a esposa, três filhas e uma neta.
O que diz a defesa?
Tanto o amigo da vítima quanto o gerente do açougue foram presos preventivamente. Nenhum deles tem antecedentes criminas. O advogado de Luciano Ribeiro dos Santos, o amigo, disse que o cliente não esperava que seu soco poderia causar uma fatalidade e que ele lamenta o ocorrido.
Além disso, enfatizou que o cliente tentou socorrer o ambulante, porém, foi impedido pelos populares que o agrediu. O caso foi classificado pelo advogado como uma “fatalidade derivada de uma discussão”.
“Ficou para prestar seus esclarecimentos às autoridades policiais e judiciárias, sem fugir de sua responsabilidade culposa. Deseja o esclarecimento total e a realização da Justiça”, disse na nota enviada à imprensa.
Já o advogado do gerente Luciano Monteiro, disse em entrevista ao UOL que entrou com pedido na Justiça para reverter a prisão preventiva. "[...] A própria investigação aponta que não há imagens de agressões do meu cliente contra a vítima. Só houve socos (desferidos por outra pessoa)”. A defesa também disse que seu cliente estava alcoolizado e não conseguiu praticar a agressão, mesmo que tenha a intenção.