Coronavírus provoca um vaivém de 'bolhas' em escolas de BH
Surtos e casos suspeitos ou confirmados fecharam temporariamente três escolas e tiraram de sala turmas de outras 34 desde abril, aponta sindicato
A pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2) obrigou duas escolas particulares e uma pública municipal em Belo Horizonte a suspenderem temporariamente as aulas devido a relatos de surtos do vírus desde a retomada das atividades presenciais, em abril. Contudo, tem sido rotineiro o aparecimento de casos de COVID-19 que levam à interrupção das atividades presenciais de turmas e bolhas (frações de turmas) específicas. Não há números oficiais, mas, só na rede particular, denúncias apontam que em pelo menos 34 instituições turmas e bolhas tiveram que regredir às aulas a distância depois da detecção de casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo vírus. A informação foi repassada com exclusividade ao Estado de Minaspelo Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro Minas) e pós-apurada pela reportagem. Nas escolas municipais de BH, há relatos de 130 alunos ou profissionais que testaram positivo, segundo o sindicato dos trabalhadores da categoria (SindRede).As informações da entidade de classe que representa os professores do setor privado chegaram por meio de um canal de denúncias anônimas telefônicas e por mensagens. Para se ter uma ideia desse universo, as salas de aulas dessas 34 instituições de ensino elencadas por funcionários nas denúncias de casos de COVID-19, obrigando ao retorno dos alunos às suas casas, comportavam 26.151 matriculados, em 2020, de acordo com o Ministério da Educação. O número de alunos de fato afastados e de turmas é desconhecido. Em BH, há 834 escolas particulares conforme o censo 2020.
Só na semana passada, segundo informações recebidas pela reportagem, teriam sido três instituições a suspender bolhas e turmas presenciais devido a casos e suspeitas de COVID-19, entre alunos e professores, todas na Região Centro-Sul. O total seria de sete turmas ou bolhas, dos ensinos infantil ao fundamental. Pelas denúncias recebidas, a regional de Belo Horizonte que mais teve instituições com casos de COVID-19, obrigando ao encerramento das aulas presenciais, foi a Centro-Sul (veja a tabela), com 12 escolas, seguida das regionais Pampulha e Oeste, com seis instituições tendo de tomar esse tipo de medida preventiva cada uma. Nenhuma escola ou colégio da Regional Venda Nova apresentou denúncia de regresso às teleaulas devido à doença até o momento.
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