‘Lobo em pele de cordeiro”. Este ditado popular pode ser bem aplicado ao caso de um pastor que é investigado após suposto abuso sexual contra uma menina de 5 anos em uma residência da cidade de Fronteira, no Triângulo Mineiro, no dia 23 de agosto, quando visitou a família da vítima.Após a Polícia Civil de Fronteira receber a denúncia feita pela própria criança - que disse que o suspeito acariciou o seu órgão genital - o mesmo foi preso na manhã desta quarta-feira (15/9) por policiais civis de Fronteira, Frutal e de Riolândia, em sua residência, situada na cidade paulista, que fica a cerca de 70 km de Fronteira.

 
Em seguida, o pastor, que já possuía passagens por crime sexual contra crianças nos estado de São Paulo e Minas Gerais, foi encaminhado para o presídio de Frutal, já que a PC de Fronteira apresentou o crime e a Justiça decretou a sua prisão temporária, bem como busca e apreensão em sua residência.
 
O delegado responsável pelas investigações, Bruno Gustavo Guaracho Salmen Hussain, declarou que o pastor é suspeito do crime de estupro de vulnerável que teria sido praticado no dia 23 de agosto contra uma menina de 5 anos, dentro da residência da família dela.
 
“O suspeito reside atualmente em Riolância, mas já havia residido em Fronteira, poucos anos atrás, onde atuou como pastor de igreja evangélica.
 

No dia 23 de agosto ele voltou para Fronteira com a desculpa de visitar alguns antigos ‘fieis’ que frequentavam a sua igreja, na época em que ele era pastor nesta cidade.

Quando visitava uma família, sendo muito bem recebido pelos pais da criança e se aproveitando da confiança depositada nele em razão de seu ofício religioso, ficou sozinho com uma menina e praticou atos libidinosos, acariciando o órgão genital da vítima”, declarou o delegado após ouvir relatos do suposto crime.
 
Ainda conforme o delegado, pouco depois de ter sofrido o abuso a criança contou que ficou assustada durante todo o período que o pastor permaneceu na sua casa. “Mas assim que ele deixou a cidade de Fronteira, ela contou sobre o abuso que havia sofrido.
 
A criança relatou para a mãe que não falou logo após o crime porque ficou "com muito medo do pastor”.
 
No entanto, logo após o pastor deixar a residência da família e seguir viagem para Riolândia, a vítima noticiou o ocorrido à sua mãe, que imediatamente a levou ao pronto socorro de Fronteira, onde não se constatou nenhum ferimento. Entretano, o médico, ao escutar o relato da criança, acionou o Conselho Tutelar que, em seguida, acionou a Polícia Civil.
 
“Em Riolândia, ele mantém uma pequena igreja, onde ele recebe os seus ‘fiéis’ em três adias da semana”, finalizou o delegado.