VALE DO JEQUITINHONHA: Polícia Civil deflagra Operação CHAZIZ e prende responsáveis por sequestrarem uma família em Pedra Azul
Crime foi cometido no último dia 27 de fevereiro; investigações duraram três meses e culminaram na prisão dos envolvidos
A POLÍCIA CIVIL DE MINAS GERAIS (PCMG), por meio da 2a Delegacia Regional de Polícia Civil/Pedra Azul, com apoio do 15° Departamento de Polícia Civil/Teófilo Otoni, deflagrou, nesta quinta-feira (27), a Operação "CHAZIZ", para cumprimento de sete mandados de prisão temporária e vinte de busca e apreensão nos municípios de Pedra Azul, Almenara (Povoado de Pedra Grande), Divisa Alegre, Águas Vermelhas, Cachoeira de Pajeú (Povoados "São Francisco" e "Cariri"), Jequitinhonha (Povoado da Estiva) e Medina, na região do Jequitinhonha.
A Operação é resultado das investigações referentes ao crime que ocorreu no dia 27/2/21, no final da tarde, na MGC 251 (estrada que liga os municípios de Pedra Azul e Almenara), em Pedra Azul, quando o pai foi abordado pelos autores retornando em uma motocicleta de sua fazenda, na zona rural do município. Os indivíduos o levaram para uma área de mata e lá exigiram que ligasse para sua esposa, pedindo a esta que levasse todo o dinheiro que conseguisse. A esposa e sua filha se dirigiram para o local em que o pai disse que as estava esperando, levando expressiva quantia em dinheiro. Nesse intervalo, outra família que passava pelo local foi abordada pelos autores e levada para o mesmo local onde estava o pai, mas este conseguiu se soltar e fugir. Quando mãe e filha chegaram, acompanhadas de outro familiar em uma motocicleta, os autores os abordaram e subtraíram todo o dinheiro e as jóias, bem como os aparelhos e as motocicletas e fugiram em seguida, levando mãe e filha reféns no próprio carro, um Jeep Renegade. Depois de algumas horas circulando com as vítimas, os autores as liberaram juntamente com o veículo na altura do km 34 da rodovia BR 116, no Povoado Águas Altas, popularmente conhecido como "São Francisco", em Cachoeira de Pajeú.
As investigações duraram três meses, tendo a PCMG identificado os suspeitos da prática do crime, bem como os envolvidos que ficaram na posse dos materiais subtraídos.
A PCMG representou, então, pela decretação da prisão temporária dos investigados, bem como por mandados de busca e apreensão em desfavor da residência dos investigados e de outros envolvidos, medidas que foram deferidas pelo Poder Judiciário, após manifestação favorável do Ministério Público.
Todos os sete mandados de prisão temporária foram cumpridos. Um dos alvos já se encontrava preso pelo envolvimento em um roubo de veículo ocorrido no mês de abril em Pedra Azul.
As buscas e apreensões resultaram em três prisões em flagrante. Duas de investigados que já eram alvos de prisão temporária, sendo um pela posse de munição e outro pela posse de moeda falsa, e a outra de um alvo de busca e apreensão que estava na posse de um revólver calibre. 32 e munições, além de materiais que indicam a prática do tráfico de drogas.
Um outro alvo das investigações, oriundo do Estado do Rio de Janeiro, para o qual só havia mandado de busca e apreensão, possuía dois mandados de prisão em aberto pela prática do crime de roubo expedidos pela Justiça daquele Estado. Ele estava na posse de uma identidade falsa.
Foram apreendidos ainda, nas buscas, cerca de R$ 3.000,00 em dinheiro, cheques, R$ 1.500,00 em notas falsas, uma placa veicular falsa, uma espingarda artesanal, porção de maconha, e vários itens de carga subtraída.
Participaram da Operação cerca de 50 policiais civis das Delegacias Regionais de Pedra Azul, Teófilo Otoni e Almenara, bem como das Delegacias de Medina, Araçuaí, Jacinto, Jequitinhonha, Itambacuri e Malacacheta, em 15 viaturas, contando, ainda, com o apoio da Superintendência de Investigação e Polícia Judiciária/Coordenação Aerotática, por meio da aeronave "Carcará" da PCMG.
Ao total, foram presos nove homens, com idades entre 20 e 40 anos.
O nome da Operação, "CHAZIZ", que significa "relâmpago" em hebraico, faz menção a uma das modalidades de crime praticada pelos autores, denominada sequestro relâmpago, bem como à resposta dada pela PCMG a esse crime grave, que se deu quando os investigados, que acreditavam ficar impunes, menos esperavam, assim como um relâmpago.
As investigações, que estão sendo efetuadas pelo Delegado Thiago de Carvalho Passos e Equipe da 2a DRPC/Pedra Azul, prosseguirão com vistas à completa elucidação desse crime grave, que causou intensa repercussão social negativa em Pedra Azul e toda a região.