Vale do Jequitinhonha, tão estigmatizado politicamente como vale da pobreza e da miséria, começa a demonstrar que pode superar esta visão preconceituosa tão difundida. 

Um exemplo disso foi visto neste domingo (17) durante a votação do processo que autorizou, por unanimidade, a utilização das vacinas Coronavac e AstraZeneca em caráter emergencial no país. A relatora do processo, e diretora da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), dra. Meiruze Freitas, é natural da região, tendo nascido na cidade de Jordânia, indo estudar em belo horizonte e se formando em farmácia pela UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais.  

Ao dar seu voto favorável, a diretora da ANVISA enfatizou o trabalho dos servidores do Instituto Butantan e da Fundação Osvaldo Cruz no combate à pandemia.  

"Quanto à vacina Coronavac, desenvolvida pelo instituto Butantan, voto pela aprovação temporária do seu uso emergencial condicionada a termo de compromisso e subsequente publicação de seu extrato no DOU. Quanto à vacina solicitada pela Fiocruz, voto pela aprovação temporária de seu uso emergencial referente a 2 milhões de doses. Guiada pela ciência e pelos dados, a equipe concluiu que os benefícios conhecidos e potenciais dessas vacinas superam seus riscos. Os servidores vêm trabalhando com dedicação integral e senso de urgência", declarou a relatora. 

Ao participar de um processo tão importante em âmbito nacional, Meiruze Freitas colocou o nome do Vale do Jequitinhonha em evidência e demonstrou que a região, localizada no Nordeste de Minas Gerais, pode contribuir com excelentes profissionais, que trabalham para o futuro do país.