CACHOEIRA DE PAJEÚ: Polícia Civil conclui inquérito sobre morte de policial militar que chocou a cidade
Autor do homicídio confessou que matou por ciúme, por sua ex-namorada ter se envolvido romanticamente com a vítima
A POLÍCIA CIVIL DE MINAS GERAIS (PCMG), por meio da 2a Delegacia Regional de Polícia Civil/Pedra Azul, concluiu, na quinta-feira, 17/12/2020, o inquérito policial que apurava o homicídio praticado contra o policial militar J.G.L, de 31 anos, em Cachoeira de Pajeú, no Vale do Jequitinhonha.
O crime ocorreu na madrugada do dia 14/10/2020, logo após o policial militar encerrar o turno de serviço e chegar em casa, tendo sido localizado o seu corpo pelos policiais militares da fração PM local ao final do dia, em razão de não ter se apresentado para o serviço naquela tarde.
O policial militar foi localizado morto no banheiro de sua residência com várias perfurações causadas por disparos de arma de fogo.Isolado o local, foi acionada a Perícia Criminal da PCMG que realizou os exames necessários na cena do crime.
Um grande aparato policial se formou, com participação de policiais civis, policiais militares e policiais penais de toda a região, a fim de identificar o autor e prendê-lo em flagrante. Foram efetuadas diligências durante toda a noite e madrugada, inclusive a coleta de imagens de circuitos de monitoramento eletrônico, entrevista de suspeitos e testemunhas, dentre outras, porém, sem êxito na prisão em flagrante do autor.
As investigações prosseguiram incessantemente e, no dia 20/10/2020, seis dias após o crime, a PCMG, em trabalho conjunto e integrado com a Polícia Militar de Minas Gerais, por meio da Seção de Inteligência do 44° BPM/Almenara, da 233a Cia. PM/Pedra Azul e do 2° Gp. PM/Cachoeira de Pajeú, logrou êxito na identificação do suspeito, de 25 anos, o qual foi localizado em posse de armas de fogo em sua residência, sendo preso em flagrante por tal crime.
Aos policiais civis e militares, ele confessou em entrevista ser o autor do crime e que a motivação seria o fato de sua ex-namorada ter um relacionamento amoroso paralelamente com a vítima, tendo informado onde estava guardada uma das armas que utilizou no crime, a qual foi localizada em um quarto que utilizava na casa de sua avó, acondicionado no coldre que era do policial militar, juntamente com alguns cartuchos de mesmo calibre.
A PCMG representou pela decretação da prisão temporária do suspeito, que foi deferida e posteriormente prorrogada pelo Juízo da Comarca de Pedra Azul, após manifestação favorável do Ministério Público.
Foram realizadas várias diligências de ordem pericial, de inteligência policial, bem como a oitiva de cerca de trinta pessoas, dentre investigado e testemunhas.
O inquérito policial foi finalizado na quinta-feira, 17/12/2020, e a PCMG promoveu o indiciamento do suspeito, concluindo ser a motivação passional por ele confirmada.
As investigações concluíram, ainda, que o crime foi praticado à emboscada, posto que o suspeito já se encontrava dentro da residência da vítima o aguardando para ceifar a sua vida, o que foi feito por meio da arma de fogo apreendida (revólver calibre .38) e a própria arma do policial militar, uma pistola .40 da carga da PMMG.
A Equipe de Investigação formou esta convicção analisando os vestígios e os detalhes da cena do crime, sobretudo a direção dos disparos que atingiram a vítima, sendo concluído que o suspeito possivelmente estava escondido em algum cômodo da casa quando a vítima chegou e foi tomar banho, momento em que o suspeito se apossou da arma da vítima e a surpreendeu no banheiro de costas, iniciando os disparos com o revólver, que atingiram costas, braço e peito, e feito a transição de arma para a da vítima, a pistola .40, efetuando três disparos na cabeça.
As investigações apontaram também que o suspeito já havia entrado na residência da vítima em outra ocasião.
A PCMG representou pela decretação da prisão preventiva do suspeito, que foi decretada pelo Juízo da Comarca de Pedra Azul, após manifestação favorável do Ministério Público.
Ele foi indiciado por homicídio triplamente qualificado e pode pegar até 30 anos de prisão.