BR-367: Chuva interdita estrada entre Jacinto e Salto da Divisa
Aterro colocado sobre o córrego Piabanha foi levado pela força das águas devido às chuvas que caem no local
Quem precisou usar a BR-367, com sentido ao município de Salto da Divisa, nesta quinta-feira (19), precisou dar meia volta e cancelar seus planos. Isto porque um aterro e as manilhas que estavam assentadas sobre o córrego Piabanha foram levadas pela força das águas, devido à chuva que caiu na noite desta quarta-feira (18).
Por meio de nota, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informou que mobilizou equipes para sinalizar o trecho e realizar levantamentos para a implantação de um desvio provisório e para a construção de uma nova ponte na BR-367. O local fica distante 38 quilômetros de Jacinto e 18 quilômetros de Salto da Divisa.
O Dnit também divulgou uma opção de desvio para os motoristas que viajarem no sentido Araçuaí-Porto Seguro. Em Jacinto, eles deverão entrar pela MG-405, em direção a Santo Antonio do Jacinto (MG). Ao entrar no território baiano, terão que seguir pela BA-283, até Guaratinga (BA). Depois, pegam a BR-101 até a cidade baiana de Eunápolis, onde alcançam novamente a BR-367 para chegar em Porto Seguro.
O empresário Ernane Jardim de Miranda Machado, que lidera o movimento em prol da conclusão do asfaltamento da estrada, o “BR-367 Urgente”, afirma que o desvio vai aumentar em 160 quilômetros a viagem entre Araçuaí e Porto Seguro, cuja distância “normal” é de 360 quilômetros.
Ele diz também que a MG-405, indicada pelo Dnit para desvio, “está em péssimas condições”. Ernane salienta que a população do Vale do Jequitinhonha, há vários anos, luta pela conclusão do asfalto da BR-367, há muito tempo prometida pelos governos, mas que nunca sai do papel.
De acordo com o líder do movimento “BR-367 Urgente”, a rodovia tem 169 quilômetros sem pavimentação concluída, dos quais 105 são de terra e 64 quiômetros com um serviço paliativo de “pó de asfalto”.
Ele também critica o serviço feito na estrada sobre o córrego Piabanha, com o uso de manilhas. “O serviço com manilha não funciona quando há grande fluxo de água. Isso foi provado quando rompeu o desvio sobre o Rio Rubim, que foi feito com manilhas”, avalia.
Ernane lembra que os córregos da região permanecem secos durante o período de estiagem (abril a setembro). No entanto, durante as chuvas, os cursos d'água têm corredeiras muito fortes.