CORONAVÍRUS: Mãe e filho morrem de covid-19 em hospital de Itaúna
Rapaz era técnico de enfermagem e trabalhava na unidade e a mãe possuía doença autoimune
O Hospital Manoel Gonçalves de Sousa Moreira, em Itaúna, Região Centro-Oeste de Minas, registrou quatro mortes por COVID-19, em 48 horas. Dois pacientes eram moradores da cidade e os demais de Itatiaiuçu, a cerca de 25km. Entre as vítimas, está um técnico de enfermagem, de 22 anos, que trabalhava na unidade e era morador da cidade vizinha, e a mãe dele, de 44.
Em nota a unidade confirmou os óbitos e lamentou. Disse que a Comissão de Enfrentamento ao COVID-19 está empenhada no combate à doença desde fevereiro. Houve capacitação da equipe, disponibilização de equipamentos de proteção individual, destinação de estruturas para isolamento dos pacientes contaminados e criação de protocolos de atendimentos dentro das evidências científicas atuais.
O rapaz foi hospitalizado em 27 de junho. Ele já havia contraído a doença em abril e foi vítima de reinfecção. Inicialmente, não há diagnóstico de outra comorbidade. Já a mãe dele, foi internada na quinta-feira (2), e é portadora de doença autoimune.
Entre as vítimas, estão dois idosos moradores de Itaúna. Os pacientes, de 68 e 78 anos, morreram no sábado (4). Ambos possuíam outras comorbidades. No mesmo dia, faleceu a moradora de Itatiaiuçu e no dia seguinte o filho dela. “Morreram com toda a assistência necessária e com garantia de dignidade humana como deve ser”, afirmou a direção da unidade na nota.
Todos os pacientes estavam internados no Centro de Terapia Intensiva (CTI). Segundo o hospital, eles receberam tratamento com suporte ventilatório e com medicamentos seguindo as orientações científicas atuais. "Não faltou nada no atendimento desses pacientes”, declarou a direção. A unidade afirma que eles morreram “em razão exclusiva da infecção por COVID-19”.
Destacando o índice de mortalidade que pode chegar a 5% da doença, a direção lamentou: “Não são números. São pessoas que deixaram famílias e uma biografia”. A nota destacou também a ausência do contato com familiares devido ao protocolo de atendimento. “São pacientes que nos foram entregues por suas famílias e nunca mais foram vistos pelos seus. Partiram sem se despedir. Não haverá velório. Tristes tempos esses em que não podemos chorar nossos mortos”.