A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) investiga um caso suspeito de coronavírus em Belo Horizonte. Trata-se de uma mulher de 35 anos que esteve em Xangai, na China, e desembarcou na capital mineira no sábado 18, “com sintomas respiratórios, compatíveis com doença respiratória viral aguda”. 

Tendo em vista o contexto epidemiológico atual do país onde a paciente esteve, foi considerada a hipótese de doença causada pelo novo Coronavírus, que é microrganismo de alerta sanitário internacional”, informou a SES-MG, em nota.

A paciente está internada no Hospital Eduardo de Menezes, na Região do Barreiro, e encontra-se clinicamente estável. O caso segue em investigação.

Infectados

Na China, subiu para dezessete o número de mortos pelo surto de uma variante do vírus, informou nesta quarta-feira, 22, a televisão estatal do país. O último balanço registrava nove óbitos. O número oficial de infectados foi para 444.

Especialistas da Organização Mundial da Saúde se reunirão nesta quarta-feira para decidir se o surto será considerado uma “emergência de saúde pública de interesse internacional”.

Na terça-feira 21, um homem foi diagnosticado com a doença em Washington, a capital dos Estados Unidos. Casos do vírus também foram registrados na Coreia do Sul, na Tailândia e no Japão. Há também casos suspeitos nas Filipinas, na Austrália e no México. Dentro da China, também já foi confirmado o primeiro contágio em Hong Kong.

Há a possibilidade de que o vírus cause uma pandemia. Os governos de diversos países, que esperam receber milhares de chineses nos próximos dias por causa do feriado de Ano Novo Lunar, começaram a preparar seus aeroportos e aumentar sua fiscalização, procurando sintomas como febre e tosse. 

Em nota, o Ministério da Saúde desmentiu o suposto primeiro caso de coronavírus, registrado no estado de Minas Gerais mais cedo nesta quarta-feira, 22. “Não há detecção de nenhum caso suspeito no Brasil de Pneumonia Indeterminada relacionado ao evento na China”, afirmou o Ministério da Saúde. “O caso noticiado pela Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais não se enquadra na definição de caso suspeito da Organização Mundial da Saúde (OMS), tendo em vista que o paciente esteve em Xangai, onde não há, até o momento, transmissão ativa do vírus”, explicou o órgão federal.

Segundo o ministério, a OMS determinou que “só há transmissão ativa do vírus na província de Wuhan”, onde o surto teria começado. Xangai fica a cerca de 840 quilômetros de Wuhan, que, de fato, é uma cidade localizada na província de Hubei.