Adolescente encontrado em Imbé de Minas foi morto por delatar uma organização criminosa, diz delegado
De acordo com a polícia, Lucas Leônidas Tavares, de 17 anos, foi rendido e torturado antes de ser executado; quatro pessoas foram detidas.
Dois homens, de 29 e 23 anos, e uma mulher, de 32 anos, foram presos em Caratinga suspeitos terem matado Lucas Leônidas Tavares, de 17 anos; o crime foi no dia 28 de maio, em Imbé de Minas, no Vale do Rio Doce. Um menor, que não teve a idade divulgada, também foi detido, mas liberado em seguida.
Em entrevista coletiva nessa quarta-feira (24), o delegado responsável pelo caso explicou que a vítima tinha um envolvimento com tráfico de drogas e estava delatando uma organização criminosa.
“A vítima tinha envolvimento com tráfico de drogas. Ele foi assassinado, justamente, porque ele estava delatando essa organização criminosa. Os suspeitos tomaram conhecimento disso e planejaram essa execução. Informações chegaram para a polícia que esse grupo fez uma espécie de 'Tribunal', julgaram a vítima, usaram crueldade e depois a executaram”, afirmou o delegado Rodrigo Cavassoni.
Ainda de acordo com o investigador, Lucas foi morto em uma casa que fica a 30 metros de onde o corpo foi encontrado, enrolado em um saco. “Na noite em que morreu, a vítima foi atraída para ir até a casa de um dos suspeitos, onde foi rendida, imobilizada, levada para o interior do imóvel e sofreu torturas. Provavelmente usaram uma enxada para acertar a cabeça da vítima, depois ela foi enrolada em um saco”, disse.
A Polícia Civil encontrou vestígios de sangue no banheiro da casa de um dos suspeitos utilizando uma substância química chamada luminol. No imóvel de outro envolvido, foi encontrado uma faca escondida em um ármario, que também teria sido usada para matar a vítima. O objeto também foi submetido ao luminol e foi constatado indícios de sangue. Todo o material analisado foi levado para Belo Horizonte, para verificar se é sangue humano.
O dois homens foram presos na segunda-feira (22), e a mulher nessa quarta-feira (24). Todos eles já tinham passagens pela polícia por tráfico de drogas e tiveram prisão preventiva decretada. Os suspeitos responderão por homicídio qualificado e corrupção de menores. Conforme a PC, a hipótese de outros integrantes envolvidos no crime não está descartada.
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