Polícia da Espanha divulga novas fotos de cocaína apreendida com militar brasileiro
Sargento Manoel Silva Rodrigues foi detido pela Guarda Civil espanhola após pousar em Sevilha. Ele viajou em avião da FAB que apoiaria a comitiva de Bolsonaro com destino ao Japão.
A polícia da Espanha liberou nesta sexta-feira (5) novas imagens dos 39 quilos de cocaína apreendidos com um militar da Aeronáutica brasileira que integrava a equipe de apoio à comitiva do presidente Jair Bolsonaro quando ele viajou ao G20, no Japão. Uma foto da apreensão já havia sido publicada pelo jornal "El País".
As fotos mostram a mala onde estava a droga no momento da apreensão feita pelas autoridades espanholas no aeroporto de Sevilha. O segundo sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues foi detido pela Guarda Civil espanhola ao chegar ao aeroporto da capital da Andaluzia em um voo da Força Aérea Brasileira (FAB).
A droga estava dividida em 37 pacotes – cada um deles tinha pouco mais de um quilo e quase todos estavam enrolados em fita de cor bege. Pelo menos três deles foram embalados com uma fita amarela. A foto foi tirada ao lado do equipamento de raio X, que permitiu que os agentes espanhóis detectassem facilmente a presença do entorpecente na mala de mão do militar.
A aeronave em que estava o sargento, que atua como comissário de bordo em voos da FAB, costuma fazer a rota presidencial antes do avião do presidente em viagens longas, e, por isso, fica à disposição da Presidência para quando ele pousar no destino.
A viagem de Bolsonaro a Osaka – cidade no Japão onde ocorreu o G-20 – deveria passar por Sevilha, mas o avião com o presidente pousou em Portugal. Fontes militares confirmaram que a rota mudou por causa do incidente.
Trajetória do militar
O sargento Rodrigues teve a vida investigada pela Inteligência brasileira antes de entrar para o Grupo de Transporte Especial da FAB, em 2010.
Ele se mudou para Brasília em 1998. Em 2000, começou a trajetória na Aeronáutica. Quatro anos depois, Rodrigues prestou o concurso da FAB para taifeiro – profissional dedicado ao serviço de copa, mesa e camarotes oficiais. O militar foi aprovado em 6º lugar.
No ano seguinte, em 2005, fez o curso de formação de comissário de bordo. Agora, ele aguarda o julgamento do processo na Justiça Espanhola na penitenciária Sevilha 1, onde divide uma cela com outro detento.