Coberta de pelagem e parecendo a cabeça de um mamute, ela foi encontrada por um habitante no verão passado em uma área de permafrost perto de um rio em Yakutia, no leste da Sibéria, relata o comunicado publicado na noite de quinta-feira (13).

Entregue à Academia de Ciências de Yakutia, paleontólogos russos e japoneses analisaram a peça e estabeleceram que se trata da cabeça de um lobo do Pleistoceno (Canis dirus), de 32 mil anos de idade. Sua dimensão, 41,5 centímetros de comprimento, corresponde à metade do corpo de um lobo atual, que mede entre 66 e 86 centímetros, descreve o documento.

 

“Isso nos permitiu concluir que o lobo do Pleistoceno era gigantesco”, acrescenta. A cabeça contém “um cérebro intacto, e todos os seus dentes estão preservados”, disse o comunicado, que considerou a descoberta “sensacional”. Os tecidos e a pele também estão intactos, de acordo com a mesma fonte. “É a primeira vez que encontramos restos de um lobo do Pleistoceno com tecidos preservados”, disse Albert Protopopov, da Academia de Ciências, citado no comunicado.