Polícia Civil prende maior traficante de drogas de Minas Gerais
Como desdobramento de uma investigação de organização criminosa que atuava no tráfico de drogas, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) apresentou, nesta segunda-feira (20), o resultado da segunda fase da Operação Embrião.
Até o momento, seis pessoas foram presas, entre elas, Sonny Clay Dutra, 38 anos, considerado o maior traficante do Estado. A esposa dele, Efigênia Lopes Dutra, também foi detida. Já na primeira etapa, quatro homens foram presos em posse de R$ 1 milhão em espécie.
O casal foi surpreendido pela equipe da 1ª Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (1ª Draco), do Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp), no dia 12 maio, em Ouro Preto, região Central do estado, durante uma partida de futebol do time que Sonny patrocina, o Peñarol de Ouro Preto. No momento da abordagem, ele estava em campo e Efigênia assistia ao jogo. Ambos se encontram à disposição da justiça em virtude de mandado de prisão temporária.
Segundo as investigações, em um ano e meio, a organização criminosa liderada por Sonny movimentou nada menos que R$ 30 milhões em Minas Gerais. No Brasil, o grupo teria participado da movimentação de R$ 100 milhões. O dinheiro seria fruto do tráfico de drogas. De acordo com o Delegado Marcos Vinícius Lobo Leite Vieira, os altos valores movimentados serão objeto de uma outra fase das investigações. “O desafio da Polícia Civil é lastrear para onde estão sendo destinadas essas vultosas quantias em dinheiro”, explica.
Ainda de acordo com o Delegado, o líder da quadrilha seria Sonny Clay, que teria contatos, inclusive, na fronteira com o Paraguai. Os investigadores trabalham para elucidar se, de fato, o time de futebol patrocinado por ele, pode estar sendo usado para lavagem de dinheiro. “Ele patrocina o time de futebol de Ouro Preto e arca com materiais para os jogadores. Dois dos jogadores estão esses quatro que foram presos na primeira fase da operação”, afirma.
Histórico
A primeira etapa da Operação Embrião ocorreu nos dias 3 e 4 de maio, quando os policiais civis prenderam Alexandre da Silva Teixeira, 31 anos, Felipe Samuel dos Santos Silva, 31, Jonas Lopes Xavier, 36, e Diego Junio Giudice Amorim, 32, no bairro Santa Inês, região Leste da capital. A prisão ocorreu quando faziam a transferência de mais de R$ 1 milhão de um veículo para outro. Além desses dois carros, na ocasião, outros dois veículos foram apreendidos.
Ao chegar à delegacia e fazer a busca nos quatro carros, os policiais encontraram mais R$ 140 mil e 16 quilos de cocaína em um fundo falso localizado em um deles. Já na segunda fase, além da prisão do casal, os policiais apreenderam outros dois automóveis e duas motocicletas de luxo. Os suspeitos negaram participação nos crimes e se mantiveram em silêncio em relação às outras perguntas, afirmando que que só irão falar em juízo.