Acusado da chacina de Itaipé é condenado a 108 anos e 6 meses de prisão
Julgamento ocorreu nesta terça-feira (9) no Fórum de Novo Cruzeiro.
O homem acusado de cometer uma chacina em janeiro do ano passado no povoado de Boa Sorte, no município de Itaipé, no Vale do Mucuri, foi condenado a 108 anos e 6 meses de prisão. Cinco pessoas da mesma família foram mortas, entre elas uma criança de 7 anos de idade. Uma outra criança, de 10 anos, escapou da morte porque escondeu embaixo de uma cama e, em seguida, fugiu para uma mata.
O julgamento ocorreu nesta terça-feira no Fórum de Novo Cruzeiro, no Vale do Jequitinhonha. O condenado vai cumprir a pena em regime fechado.
As vítimas que eram de uma mesma família foram mortas a tiros dentro de casa no Povoado Boa Sorte, na madrugada de 15 de janeiro de 2018. Os corpos foram velados no Sindicato Rural do Córrego Boa Sorte e na casa de parentes.
O suspeito dos assassinatos foi preso e segundo a polícia, a chacina pode ter sido motivada por vingança.
“Na época, o suspeito não confessou o crime, mas a polícia sabia que o filho de uma das vítimas havia atirado contra ele no início de janeiro de 2016. Em retaliação e por vingança, ele matou os familiares”, explicou o Tenente Coronel da PM, Fábio Marinho. Ainda segundo ele, o rapaz que teria atirado contra o suspeito está morando em São Paulo.
Morreram na chacina: Anália Coelho, de 26 anos; o marido dela Pierre Luiz, de 37; o filho do casal Lucas Coelho, de 7 anos; os pais de Anália: Rosane Aparecida, de 55 anos e Geraldo Coelho, de 56. Os corpos deles foram encontrados em locais diferentes da casa.
O crimeAs vítimas estavam dentro de casa quando foram surpreendidas pelos tiros. Segundo a polícia, o suspeito também teria utilizado uma faca para cometer o crime.
Dois filhos de Anália Coelho sobreviveram. Um menino de nove anos estava na casa no momento da chacina, mas conseguiu escapar e se escondeu em um matagal. Já o filho mais velho, de 11, estava na casa de uma tia que mora ao lado.
De acordo com a polícia, o suspeito da chacina tinha passagens por homicídio e porte ilegal de arma.