Patrimônio em pauta: Encontro da UFVJM debate valorização dos bens culturais do Vale do Jequitinhonha
Evento que acontece em Diamantina no período de 27 a 30 de Março, propõe debates sobre temas socioculturais da região.
No decorrer do Encontro de Cultura e Arte da UFVJM, realizado em Diamantina de 27 a 30 de março, estão acontecendo rodas de conversas com diversos temas, entre eles: “A identidade ameaçada: discussão sobre a diversidade e importância do patrimônio material e imaterial do Vale do Jequitinhonha”, que contou com a participação da Secretaria de Cultura e Turismo de Diamantina e do Conselho de Patrimônio Cultural de Itinga
A roda de conversa, realizada na última quinta-feira (28/03), teve como finalidade relatar experiências de valorização do patrimônio material e imaterial do Vale do Jequitinhonha, como o projeto elaborado pela Secretaria de Educação de Itinga, que foi desenvolvido nas escolas públicas. Na iniciativa, os alunos da escola educação básica viajam para outras cidades do Vale do Jequitinhonha, buscando integração entre as localidades e conhecimento de outras realidades. Os participantes aprendem sobre a importancia do patrimônio, gerando maior participação da comunidade com iniciativas de valorização dos bens materias e imaterias da região, proporcionando reconhecimento de identidade, autovalorização e senso de pertencimento.
PATRIMÔNIO CULTURAL DO VALE DO JEQUITINHONHA
O patrimônio cultural pode ser definido como um bem (ou bens) de natureza material e imaterial considerado importante para a identidade da sociedade, por isso a relevância da inserção da discussão na educação básica.
Os bens culturais imateriais estão relacionados aos saberes, às habilidades, às crenças, às práticas e ao modo de ser das pessoas. Desta forma, podem ser considerados bens imateriais do Vale do Jequitinhonha: artesanato; lavadeiras; manifestações literárias, musicais, plásticas, cênicas e lúdicas; modo artesanal de fazer o Queijo da região do Serro e o Cabacinha. Além disso, há também a Festa de Nossa Senhora do Rosário dos homens pretos de Chapada do Norte, a Comunidade dos Arturos, as folias e as violas, além de mercados, feiras, santuários, praças e demais espaços onde se concentram e se reproduzem práticas culturais.
O patrimônio material é formado por um conjunto de bens culturais classificados segundo sua natureza: arqueológico, paisagístico e etnográfico; histórico; belas artes; e das artes aplicadas. Eles estão divididos em bens imóveis – núcleos urbanos, sítios arqueológicos e paisagísticos e bens individuais – e móveis – coleções arqueológicas, acervos museológicos, documentais, bibliográficos, arquivísticos, videográficos, fotográficos e cinematográficos