O comércio volta à ativa após o meio-dia nesta Quarta-feira de Cinzas, mas nas peixarias de Governador Valadares o movimento de clientes já começou de forma mais intensa que o normal em função da tradição de fiéis católicos em não comer carne vermelha nesta data religiosa.

Na peixaria de Leonardo Soares desde cedo o estabelecimento registrou o aumento do fluxo de clientes. O comerciante conta que não espera aumento de vendas em relação ao mesmo período do ano passado, mas confirma que no período da quaresma cresce a procura por pescados.

“Acredito que as vendas devem ficar como na quaresma de 2018, mas ainda assim é um aumento em relação ao dia a dia. Nesse período o fluxo de clientes na peixaria cresce cerca de 60%”, afirma Leonardo.

No Mercado Municipal, a perspectiva de vendas do comerciante Jacó Alves é de crescimento entre 10 a 12% nesse período religioso e o peixe mais pedido não costuma ser o mais em conta.

“Mais barato a gente tem a piratinga a R$ 14,99. Mas a maior procura é pelo dourado, que está em R$ 22, que é mais saboroso. Não chegamos a reforçar o estoque porque a oferta está baixa, pois teve cheia em Manaus e não houve tantos peixes. Esperamos que a oferta e a procura cresçam nos próximos dias”, explica Jacó.

Ele aponta que a venda de peixes em Valadares caiu desde que o Rio Doce foi contaminado por rejeitos de minério da Samarco em novembro de 2015, pois há desconfiança dos consumidores em relação ao produto.

“Desde a quaresma de 2016 já não é a mesma coisa, mas a tradição ainda tem um apelo forte e, pelo menos nessa época, as vendas sobem um pouco mais”, afirma o comerciante.