Aposentada rural, ela é muito religiosa e não pensa em sair do campo.

A história de Dona Luruca é representativa da realidade dos velhos da zona rural do Vale do Jequitinhonha e é uma das que sustentam e ilustram a pesquisa de Raquel de Oliveira Barreto, que defendeu tese no início deste ano na Pós-graduação em Administração da UFMG. A pesquisadora defende que há diferentes formas de envelhecer e revela peculiaridades desse processo naquela região. 

“Ideias como melhor ­idade e velhice bem-sucedida referem-se à velhice ideal para determinado grupo, formado, sobretudo, pelos idosos das cidades maiores, com boa condição socioeconômica. O que pretendi mostrar é que a velhice é complexa, e não faz sentido que as políticas públicas favoreçam  apenas um grupo”, diz ­Raquel. 

Seu estudo é abordado em matéria publicada na edição 2.048 do Boletim UFMG.