Artesã de Almenara é homenageada com exposição em Belo Horizonte
Na exposição, o bordado é trazido como técnica de trabalho manual para o campo da criação plástica e simbólica da arte
O Sesc promove neste ano a terceira edição do projeto Ação Arte Popular e Contemporânea e apresenta a exposição O Jardim de Adelícia, na Galeria de Arte GTO do Sesc Palladium.
A homenageada desta vez é a mestra do bordado Adelícia Amorim, artista de Almenara, no Vale do Jequitinhonha(MG).
Na exposição, o bordado é trazido como técnica de trabalho manual para o campo da criação plástica e simbólica da arte.
A proposta do projeto é realizar um diálogo da obra da artista com cinco artistas contemporâneos: Ana Luisa Santos, Janaina Mello, Julia Panadés, Rachel Leão e Rodrigo Mogiz.
A abertura da exposição, apenas para convidados, ocorre em 6 de fevereiro, das 19h30 às 23h. A visitação ocorre gratuitamente, de 7 de fevereiro a 30 de março, de terça a domingo, das 9h às 21h.
O Sesc já realizou outras duas edições do projeto, o primeiro apresentou a exposição A Árvore dos Sonhos Inopinados – homenagem à Geraldo Teles de Oliveira e a segunda foi a exposição Dona Izabel e outros contemporâneos, artista de Santana de Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha, nordeste de Minas Gerais.
Essa é uma ação pioneira do Sesc no sentido da implantação da Lei Griô, aprovada em 2013, que recomenda ações de promoção dos mestres das culturas tradicionais e populares.
A poética de Adelícia reside principalmente na capacidade de expressar com delicadeza e vitalidade uma “essência de vida” presente no contínuo ato de representação da flor, por meio da ação dilatada do bordar.
Ao transpor os buquês, ramalhetes e arranjos do bordado utilitário para o quadro, a artista parece olhar por outras perspectivas, nas quais o mundo dos arranjos compositivos ora se revela em construção geométrica, gráfica, estrutural e sintética, ora é orgânico, vibrante, volumoso e não menos delicado.
O bordado, tradição expressiva nacional, é o ponto central do encontro proposto nessa exposição: vivenciar em um mesmo espaço a obra de Adelícia Amorim e dos cinco artistas contemporâneos convidados.
O encontro entre eles representa um diálogo de poéticas que dizem sobre linguagens e contemporaneidade, cujos signos plásticos comuns são a linha, o bordado e a flor. Nas mãos de Adelícia, arte e vida se entrelaçam em relações afetivas, simbólicas e sociais, permitindo que todos possam reconhecer na exposição a singularidade dos seus jardins.
Fonte:
Gazeta de Ara;uai
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