A Procuradoria Federal Especializada (PFE) junto ao Incra/MG ajuizou, na sexta-feira (31), quatro ações de desapropriação para regularização do território quilombola da comunidade Brejo dos Crioulos localizada entre os municípios de Varzelândia, Verdelândia e São João da Ponte, no Norte de Minas Gerais.
As ações referem-se à cerca de três mil hectares das fazendas Boa Vista, Arapuá/ Gramado, Arapuá e parte da, Morro Preto. Esta última foi palco de recentes conflitos pela terra envolvendo outras comunidades quilombolas reunidas na Associação Arapuim. O custo das indenizações pelas terras e benfeitorias dos três imóveis será de aproximadamente R$5,1 milhões.
A área total reivindicada pelos 500 membros da comunidade Brejo dos Crioulos é de 17,3 mil hectares. Em dezembro, o Incra/MG já havia tomado posse judicialmente, em ação semelhante os dois mil hectares das fazendas Nossa Senhora Aparecida, São Miguel e Lagoa da Varanda.
A desapropriação dos imóveis constitui fase avançada do procedimento para regularização de comunidades quilombolas a cargo da autarquia desde o Decreto 4.887/2003. Ao fim, desta etapa poderá ser feita a titulação coletiva da comunidade em caráter inalienável. Todas as etapas podem ser consultadas por meio da internet. Em Minas Gerais, há 185 processos abertos para regularização destas comunidades.