Manifestantes bloquearam a linha férrea na manhã desta quinta-feira (31) em Governador Valadares em protesto ao rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho. Os trilhos foram interditados dentro da sede da Vale, na região Central da cidade, utilizando toras de madeira e canos de ferro. Também foram feitas pichações e espalhados cartazes contra a mineradora.

O ato é realizado por membros da Frente Brasil Popular, composta por sindicatos e movimentos sociais. Segundo a organização, 250 pessoas participam da ação e a Polícia Militar não divulgou números.

“Esse ato é em solidariedade às famílias de Mariana, Brumadinho e também à população valadarense que há três anos vem sofrendo com esses crimes que a Vale vem cometendo, e ainda impune. Então a gente vem cobrar também justiça e resposta o mais rápido à nossa sociedade desse crimes cometidos pela Vale”, disse a educadora Edilene Santos.

 Os manifestantes entraram no pátio da empresa por volta das 7h30 e pretendem manter o protesto até às 17h. A Polícia Militar está no local e apresentou uma liminar expedida pela Justiça no dia 6 de novembro, que proíbe qualquer ato que resulte no fechamento da linha férrea. A liminar tem validade de 90 dias, sendo válida até dia 6 de fevereiro.
O que diz a Vale
Em nota a Vale afirmou que o local já foi liberado, e a circulação de trens foi normalizada. A empresa ressaltou ainda esforços tomados no socorro e apoio aos atingidos em Brumadinho, com apoio nos resgates "para ajudar a preservar e proteger a vida de empregados, próprios e terceiros, e das comunidades locais".