'Vemos as chances de vida diminuindo, mas nossa esperança está em Deus', diz irmã de montes-clarense desaparecido em Brumadinho
Júlio César Teixeira Santiago morava em Ipatinga, no Vale do Aço, há mais de 20 anos; ele estava em Brumadinho há seis meses a serviço de uma empresa terceirizada da Vale.
Uma família montes-clarense está apreensiva em busca de notícias pelo supervisor de elétrica Júlio César Teixeira Santiago, que está desaparecido após a tragédia em Brumadinho. Segundo a irmã do superviso, Carla Patrícia Teixeira Santiago, Júlio César morava há mais de 20 anos em Ipatinga, no Vale do Aço, mas estava há cerca de seis meses em Brumadinho a serviço de uma empresa terceirizada da Vale.
Carla Patrícia conta que viajou de Montes Claros na companhia do pai e da mãe em busca de notícias. "Aqui está tudo muito complicado. Ninguém fala nada. Apenas que temos que aguardar. Estamos todos muito arrasados. É muita angústia para todos".
Em meio a angústia, a família tem recebido mensagens de apoio e conta com a oração de amigos e familiares para superar a falta de notícias. "Ele sempre falava com a esposa e com os seus filhos, mas desde sexta não temos mais notícias. Ela também veio para cá. Tem muita gente fazendo orações para dele, em Montes Claros e Ipatinga. Vemos a chance de vida diminuindo, mas nossa esperança está em Deus, que Ele possa fazer um milagre".
Rompimento da barragem
A barragem da Vale no Córrego do Feijão se rompeu em Brumadinho na sexta-feira (25). Até a publicação desta matéria foram localizados 60 mortos, dos quais 19 foram identificados. Após o rompimento da barragem 183 nomes de pessoas que foram resgatadas vivas.