No primeiro semestre de 2014, a degradação do Rio São Francisco e a necessidade de sua revitalização foram discutidas pela Assembleia Legislativa de Mians Gerais, no âmbito da Comissão Interestadual Parlamentar de Estudos para o Desenvolvimento Sustentável da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (Cipe São Francisco). Criada em 1992 por acordo entre a ALMG e as Assembleias Legislativas de Alagoas, Bahia, Pernambuco e Sergipe – Estados banhados pela bacia – a Cipe São Francisco reúne esforços para diagnosticar a atual situação do rio e aprimorar as políticas públicas voltadas para a bacia.

Nesse período, a comissão percorreu os municípios de Januária, Pirapora e São Francisco, no Norte do Estado, e Arinos, no Noroeste, com o objetivo de buscar meios de agilizar as obras de revitalização do “Velho Chico”.

Em Pirapora, a população reivindicou obras de desassoreamento e despoluição do rio. Em Arinos, os moradores foram informados de que o município será incluído no programa federal Água para Todos, que vai financiar a construção de cisternas e caixas d´água e obras de saneamento básico. Em São Francisco, foi questionado o projeto de transposição das águas do rio. Em Januária, foi levantada a necessidade de retomada das obras da hidrovia.

O São Francisco também foi discutido pela Comissão Extraordinária das Águas. Em reunião realizada em junho, especialistas avaliaram que as ações de revitalização da bacia não estão resolvendo as principais causas do assoreamento. Os níveis do rio, que em alguns pontos apresentam redução de 50%, também foram vistos com preocupação.

Mineroduto - Outro assunto acompanhado pela Comissão das Águas foi a construção de um mineroduto que utilizará as águas do Rio Jequitinhonha, represadas pela Hidrelétrica de Irapé. Em junho, a comissão foi a Salinas (Norte de Minas) e Coronel Murta (Vale do Jequitinhonha), onde ouviu as críticas dos movimentos sociais dos municípios que serão atingidos pelo empreendimento, que segundo eles pode agravar o problema da seca na região.